A Filosofia Do Universo
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aro chanceler, como vai?
Conforme prometido, embora meio atrasado eu admito, seguem os links do site do professor de física q eu te falei.
Pela primeira vez eu consegui ter um entendimento de mecânica quântica. Alguns dos artigos dele requerem conhecimentos matemáticos para serem seguidos, mas a maioria não, e ele avisa nos links quando a matemática é necessária.
Seguem esses 3 links, que foi por onde comecei, para entender a importância do bóson de higgs e ter uma visão geral do assunto. Depois é só se aprofundar conforme sua curiosidade o guiar (ou não):
PS: O ultimo link é o que realmente me levou a este site, já que eu procurava algo que comprovasse ou negasse meu feeling de que a energia não existe de forma independente da matéria; sabe como é, para derrubar conceitos de que Deus é pura energia e tudo mais... Desde então viciei. :-p Isso vai ser um baque se vc é fã daqueles aliens de Star Trek como o Q, que eram feitos basicamente de energia sem matéria...
Depois me digam o que acharam, quando formos jantar na Ilha pra comemorar meu Aniversário! ;-)
Cada geração de antropólogos se propõe a explorar a questão e tentar respondê-la: “O que nos torna humanos?”. O famoso paleontólogo Louis Leakey acreditava que fosse a capacidade de construir ferramentas que nos tornava únicos. Por isso, quando ele descobriu ossos de hominídeos perto de ferramentas de pedra na Tanzânia, em 1960, ele batizou o suposto grupo responsável pelas ferramentas de Homo habilis, o mais antigo membro do gênero humano.
No entanto, pouco tempo depois, a primatologista Jane Goodall demonstrou que chimpanzés também usam tipos de ferramentas, e hoje a discussão entre os pesquisadores é se os H. habilis realmente pertencem ao gênero Homo.
Elizabeth Culotta, da revista Science, conta que estudos posteriores creditaram o domínio dos humanos na Terra a traços tais como o bipedalismo, a cultura, as línguas, o humor e, claro, um grande cérebro. “No entanto, muitas dessas características também podem ser encontradas, pelo menos em algum grau, em outras criaturas – chimpanzés têm cultura rudimentar, papagaios falam e alguns ratos parecem rir quando recebem cócegas”, conta.
O que é incontestável é que os seres humanos, como todas as outras espécies, têm um genoma único, moldado por nossa história evolutiva. Com o genoma humano já mapeado e os dados sobre o genoma dos primatas começando a surgir, estamos entrando em uma era na qual pode se tornar possível identificar as mudanças genéticas que ajudam a nos separar de nossos parentes mais próximos.
As diferenças genéticas reveladas entre humanos e chimpanzés podem ser profundas, apesar de as estatísticas apontarem que apenas cerca de 1,2% do nosso DNA é diferente. Isso porque uma simples mudança de 1% pode afetar milhares de genes – e a diferença percentual se torna muito maior se você contar as inserções e deleções de cada um.
Mesmo se nós conhecermos os 40 milhões de sequências diferentes entre humanos e chimpanzés, o que elas significam? Provavelmente, muitos genes são simplesmente a consequência de 6 milhões de anos de deriva genética, com pouco efeito sobre o nosso corpo ou o nosso comportamento, enquanto outras pequenas mudanças – como, por exemplo, as sequências reguladoras, não codificadas – podem ter consequências dramáticas.
Chegamos a um novo dilema: apenas metade dos genes que nos diferenciam dos macacos é que pode definir um chimpanzé, em vez de um ser humano. Como é que podemos saber quais são eles?
Segundo Culotta, uma maneira é descartar os genes que foram favorecidos pela seleção natural nos seres humanos. Estudos que buscam sinais sutis de seleção no DNA dos seres humanos e outros primatas identificaram dezenas de genes, em particular aqueles que estão envolvidos na interação patógeno-hospedeiro, reprodução, sistemas sensoriais como olfato e paladar, e muito mais.
“Porém, nem todos esses genes ajudaram a nos diferenciarmos dos nossos primos macacos, originalmente. Nossos genomas revelam que evoluímos em resposta à malária, mas não é a defesa da malária que nos torna humanos”, ressalta.
Alguns pesquisadores realizam mutações clínicas para poder rastrear a evolução dos genes – uma técnica que tem identificado uma boa quantidade de genes com potencial para explicar esse mistério. “Por exemplo, os genes MCPH1 e ASPM, quando mutados, causam microcefalia [condição neurológica em que o tamanho da cabeça é menor do que o normal], o FOXP2 causa defeitos na fala – e os três apresentam sinais de pressão de seleção durante a evolução dos humanos, mas não dos chimpanzés. Assim, eles podem ter desempenhado um papel na evolução de cérebros grandes e na fala dos seres humanos”, explica Culotta.
Mesmo com essas evidências, a resposta final dos cientistas ainda está em aberto. Uma compreensão completa das características exclusivamente humanas, no entanto, inclui mais do que apenas o DNA. Os cientistas podem manter a discussão com uma linguagem demasiadamente sofisticada ou utilizar termos genéricos como “cultura” ou “tecnologia”. Estamos na era do genoma, mas ainda somos capazes de reconhecer que é preciso muito mais do que genes para se fazer um ser humano.
Fonte:http://hypescience.com/
Estamos tão acostumados com ele, que raramente paramos para refletir sobre o tempo. Afinal, a passagem do tempo é muito clara: ontem foi passado, hoje é o presente e amanhã será futuro. Mas nem tudo é tão simples assim.
A ideia de que o tempo é uma linha ligando o passado, o presente e o futuro traz um questionamento: seria o tempo uma “direção”? Afinal, nós parecemos estar nos movendo para frente no tempo, mas só podemos ver eventos que já ocorreram.
O que acontece é que medimos a passagem do tempo com base no movimento. Pense: os dias, meses e estações do ano são cíclicos. Temos a impressão de que o tempo está indo para frente, mas podemos muito bem estar andando em círculos. Além disso, condicionamos nossas ações com o tempo: dizemos que um carro levou horas para fazer um percurso ou que o coração de uma pessoa bate um determinado número de vezes por minuto.
“O tempo pode ser apenas uma ‘moeda comum’ ou uma unidade de movimento com a qual todos os outros movimentos são medidos, tornando mais fácil a descrição do mundo, mas sem ter uma existência independente”, sugere Rawy Shaaban, um dos autores da página “Across the Universe: from quarks to quasars”. “Medir processos (de movimento) usando tempo é como usar dinheiro ao invés de troca direta de mercadorias”.
Curiosamente, o presente não pode ser restrito a uma medida de tempo. Quanto dura o “agora”? Um segundo? Um milésimo de segundo? Podemos até considerar que o presente, teoricamente, não existe. Afinal, quando os estímulos externos chegam ao nosso cérebro, o que aconteceu já é passado. E o futuro ainda está por vir. Vivemos nesse pequeno (e, ao mesmo tempo, imensurável) intervalo entre o passado e o futuro, que pode nem existir.
“Isso sugere que nossa percepção do tempo como passado, presente e futuro pode ser apenas uma ilusão criada por nossa mente em uma tentativa de entender o mundo em transformação que nos cerca”, afirma Shaaban. Nesse caso, como as mudanças do mundo ocorreriam se não existisse o tempo? A pergunta inicial permanece
Entretanto, nem todos concordam com a ideia de que o tempo não passe de um devaneio coletivo. “O tempo é supremo, e a experiência que todos nós temos de que a realidade é o momento presente não é ilusão, mas a mais profunda pista que temos sobre a natureza fundamental da realidade”, defende o físico teórico Lee Smolin.
Fonte: http://hypescience.com/
Mais do que determinar a consistência do nosso universo, somos obcecados por saber se existe vida além do nosso planeta.
Neste ano, o telescópio espacial Kepler, da Nasa, identificou (mais) dois sistemas planetários que podem abrigar vida fora do sistema solar. Dos cinco corpos que orbitam a estrela Kepler-62, que fica a 1.200 anos-luz de distância da Terra, há chances de dois deles terem água líquida na superfície. Mas essa é a só a ponta do iceberg.
Dos 1.235 planetas suspeitos até agora, cerca de um terço estão em sistemas multiplanetários solares como o nosso. A julgar por essas descobertas, parece que os planetas são tão numerosos quanto grãos de areia.
Há 25 anos, apenas 9 planetas eram conhecidos, todos em nosso sistema solar. Nós só podíamos imaginar o resto, alimentados por um rico acervo de ficção científica, para o qual o espaço exterior era uma fonte inesgotável de ideias. A situação, no entanto, é diferente agora.
Mesmo assim, encontrar exoplanetas – ou seja, aqueles que estão fora do nosso sistema solar – não é tarefa fácil. Eles não emitem luz própria, apenas refletem a luz de suas estrelas. Dadas as distâncias interestelares envolvidas, até mesmo as estrelas mais próximas de nós não são muito visíveis, por isso identificá-los é um desafio tecnológico.
Uma das formas encontradas pelos cientistas para procurar vida extraterrestre em potencial é observar a oscilação rítmica de uma estrela como o nosso sol, criada pela força gravitacional de um planeta em sua órbita.
Existem maneiras de detectar planetas menores. A nave espacial Kepler foi especificamente projetada para varrer uma parte da Via Láctea e descobrir dezenas de planetas do tamanho da Terra perto de sua zona habitável – região em que a vida como a conhecemos é possível –, determinando quantas das bilhões de estrelas em nossa galáxia possuem tais planetas. Kepler monitora continuamente 145 mil estrelas da Via Láctea.
Também, uma nova equipe internacional de astrônomos apresentou provas convincentes de que nossa galáxia está cheia de planetas do tamanho de Júpiter, à deriva entre as estrelas. A descoberta foi feita por meio de uma técnica ainda mais misteriosa: as microlentes gravitacionais. Com base na premissa de Einstein de que a gravidade dobra a luz, é possível ver objetos escuros no céu, medindo a luz que dobra das estrelas por trás deles. Desta forma, os astrofísicos viram 10 planetas andarilhos, e estima-se que pode haver um ou dois deles para cada uma das cerca de 200 bilhões de estrelas na Via Láctea.
E se planetas do tamanho de Júpiter, que são mais fáceis de detectar, existem aos bilhões, certamente deve haver muitos outros planetas do tamanho da Terra lá fora, girando em torno de suas estrelas a uma distância certa para sustentar a vida. Mas simplesmente não sabemos ainda. E não podemos descartar a hipótese, a propósito, de que em algum lugar, existam criaturas inteligentes, moldadas por uma confluência de eventos improváveis ou forças sobrenaturais, olhando para o céu neste exato momento e pensando “será que estamos sozinhos?”.
Fonte: http://hypescience.com/
Hoje pela manhã fui agraciado com esse link, que nos leva a uma profunda reflexão do que somos, da nossa relação com o nosso planeta e da relação dele com o nosso universo. Agradeço ao artista que fez os desenhos e ao site que os publicou em português, vale a pena ler. Boa leitura!
26/11/2012. Primeiras viagens estão prometidas para o fim de 2013. Pelo menos oito brasileiros já compraram suas passagens. O turismo espacial começa a sair do imaginário da ficção cientifica para se tornar realidade. Pelo menos quatro empresas estão investindo seriamente para levar passageiros ao espaço a "preços populares".
As primeiras viagens estão prometidas para o final do ano que vem, inicio de 2014. Mais de 700 pessoas já compraram seus bilhetes, incluindo pelo menos oito brasileiros. Os preços variam de US$ 95 mil a US$ 200 mil (R$ 199 mil a R$ 420 mil), dependendo da companhia. O destino mais popular, neste primeiro momento, é uma altura de 103 a 110 quilômetros, cruzando a chamada linha de Karman (km 100), no limite da atmosfera terrestre.
Durante alguns minutos, será possível sentir a ausência da gravidade e observar a curvatura da Terra. Diferentes foguetes levarão os passageiros no vôo suborbital, experiência que deverá durar cerca de 60 minutos, incluindo a decolagem e o pouso. As espaçonaves poderão realizar duas ou três viagens por dia.
A Virgin Galactic, do bilionário britânico Richard Branson, já tem até terminal em um "espaçoporto" futurístico no Novo México (EUA), desenhado pelo renomado arquiteto Norman Foster. Branson promete levar os primeiros "astronautas-turistas" para o espaço no final do ano que vem em uma espaçonave com até seis passageiros e dois tripulantes. A viagem custa US$ 200 mil, mas a Virgin Galactic aceita sinal a partir de US$ 20 mil (R$ 42 mil).
Desde o inicio das vendas, 550 pessoas, de 50 países, pagaram US$ 65 milhões (R$ 136 milhões). O engenheiro carioca Marcelo, que prefere não revelar o sobrenome por questão de segurança, já garantiu o seu bilhete, mas só deve voar a partir do segundo ano, lá para 2015. "Prefiro esperar para ver se vai dar tudo certo", diz o engenheiro, que ao longo da vida flertou com a ideia de virar astronauta. Quase cursou engenharia espacial nos EUA, mas desistiu por razões pessoais. "Quando desisti, combinei comigo mesmo que um dia eu ia para o espaço. Essa hora chegou, não é mais coisa de maluco."
O passeio mais barato é o da holandesa SXC (Space Expedition Corporation), associada à companhia aérea KLM. A viagem no foguete Lynx, com capacidade para um passageiro e um piloto, custa US$ 95 mil. "Quando a KLM fez o seu primeiro voo, em 1920, em Amsterdã, também só havia um passageiro a bordo", diz o presidente da SXC, Ben Droste, que veio ao Brasil semana passada promover o passeio. "Estamos no inicio de uma nova era." Cinco bilhetes foram vendidos no país e ele acredita que há potencial para 100. O primeiro a garantir uma vaga com a SXC foi Wagner Dias, palestrante motivacional. "No meu trabalho falo de sonhos. E, como gosto de dar exemplos, resolvi me dar de presente a realização do meu sonho", diz Dias.
Não é preciso aptidão para voar para o espaço. Os passageiros passam por exames médicos, mas as empresas dizem que basta estar saudável. A SXC oferece, como parte da experiência, um treinamento em um caca (ultrapassando em três vezes a velocidade do som) e com gravidade zero. Este último acontece em um Boeing 727, num voo em que a aeronave sobe, desce embicada e, na descida, flutua por cerca de um minuto. Todos esses treinamentos já são oferecidos comercialmente.
Na Zero G, de Miami, por US$ 4.950 (R$ 10 mil) é possível brincar de astronauta sem sair da Terra. US$ 10 milhões - Ainda em seus primórdios, o turismo representa menos de 1% da economia espacial: faturou US$ 10 milhões (R$ 21 milhões) em 2011. Mas deve chegar a US$ 1,6 bilhão (R$ 3,4 bilhões) em uma década, segundo a consultoria americana Tauri Group, especializada nesse setor. Essa renda será obtida apenas com os voos suborbitais. Voos mais distantes, para a Estação Espacial Internacional ou a Lua, vão levar bem mais de uma década para receber o turismo de massa.
Em outras atividades, a renda extraterrestre já alcança números significativos. Relatório da Space Foundation, entidade privada dos Estados Unidos que estuda o setor, mostra que as atividades relacionadas com o espaço movimentaram US$ 289,8 bilhões (R$ 608 bilhões) no ano passado, alta de 12,2% sobre 2010. Os números de faturamento da área incluem desde Orçamentos de governos até serviços e produtos relacionados a satélites, como aparelhos de navegação GPS. Com as crescentes restrições orçamentarias, a Nasa, agencia espacial americana, que deve gastar R$ 17 bilhões neste ano, tem buscado parcerias com a iniciativa privada. Isso tem impulsionado o setor e aberto caminho para inovações. A iniciativa privada já é responsável por 75% de todo o faturamento espacial. E a corrida espacial comercial tem sido fomentada por bilionários do Vale do Silício.
Elon Musk, fundador do PayPal e controlador da SpaceX, firmou um contrato de US$ 1,6 bilhão (R$ 3,4 bilhões) com a Nasa para transportar carga, em 12 missões, para a Estação Espacial. Uma delas trouxe urina de astronauta armazenada há mais de um ano na estação. As viagens não são tripuladas, mas a SpaceX está investindo para permitir que sua espaçonave transporte no futuro também astronautas.
Outro entusiasta do espaço é Jeff Bezos, o fundador da loja on-line Amazon. Ele está por trás da Blue Origin, empresa que desenvolve foguetes para levar três ou mais passageiros para ver a curvatura da Terra, a pouco mais de 100 km de altitude. A empresa ainda não começou a vender bilhetes nem tem data para entrar em operação. Mas, segundo informações do site da Blue Origin, o plano é que os turistas astronautas pousem de volta na Terra de paraquedas. ( Fonte: Folha de SP ) Ed: CE
19/11/2012. Caçador de planetas ganha verba para procurar 'parasitas estelares', e grupo da Nasa afirma que viagem mais rápida que a luz pode não ser tão difícil quanto se imaginava antes.
A julgar pelo corajoso trabalho de alguns cientistas, o futuro da exploração espacial parece bastante promissor. Enquanto o maior caçador de planetas americano sai em busca de supercivilizações, um físico da Nasa desenvolve um meio de visita-las.
Geoff Marcy, da Universidade da Califórnia, ficou famoso a partir de 1995, quando começou a descobrir uma penca de planetas fora do Sistema Solar - e por pouco não inaugurou esse campo de estudo, iniciado meses antes por Michel Mayor, do Observatório de Genebra.
Encorajado pelo sucesso, ele agora decidiu investir seus talentos em trabalhos mais especulativos. E o surpreendente é que lhe deram a verba - inicialmente modesta, é verdade - para isso. O dinheiro, equivalente a R$ 400 mil, vem da britânica Fundação Templeton. O plano mais chamativo que Marcy tem para o financiamento é a busca de povos alienígenas extremamente avançados, tão tecnológicos que chegariam a modificar estrelas.
Tais povos criariam estruturas apelidadas de esferas de Dyson (em homenagem ao físico Freeman Dyson, responsável por propor que elas seriam possíveis) em torno de suas estrelas natais. Elas serviriam para obter o máximo possível de recursos energéticos de determinado astro. E esse "parasitismo" cósmico deixaria traços na luminosidade que escapa da estrela, permitindo, em tese, que telescópios aqui na Terra detectassem tais pistas.
Apressadinho - Enquanto isso, Harold "Sonny" White trabalha em um laboratório do Centro Espacial Johnson, da Nasa, para tornar as viagens interestelares possíveis. Com as tecnologias atuais, atravessar a vasta distancia entre as estrelas é dureza. Veja, por exemplo, a espaçonave Voyager-1, lançada em 1977 e hoje o objeto mais distante já enviado pelo homem ao espaço. Se fosse apontada na direção de Alfa Centauri, o sistema estelar mais próximo, ela chegaria lá em cerca de 75 mil anos.
Pior ainda, as viagens interestelares esbarram na inconveniente teoria da relatividade, que dita que nada pode viajar mais depressa que a luz. O limite de velocidade universal seria, portanto, 300 mil km/s -4,3 anos para chegar a Alfa Centauri. A saída seria usar outro truque da relatividade. Se, por um lado, há um limite máximo de velocidade, por outro a teoria sugere que é possível "curvar" o espaço, compactando-o e esticando-o conforme a necessidade. Essa foi a premissa usada na serie de TV "Jornada nas Estrelas" para impulsionar a nave Enterprise. Encurtando o espaço à frente da nave, pode-se viajar a uma velocidade modesta e ainda assim, para um observador externo, ir mais rápido que a luz. Ficção? Em 1994, o físico mexicano Miguel Alcubierre escreveu um artigo cientifico sugerindo que tal feito seria possível, mas exigiria níveis de energia equivalentes à massa de Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar.
Versão 2.0 - Harold White vem trabalhando em cima do problema e descobriu que, mudando a configuração da criação do campo de dobra, é possível obter o mesmo efeito com energia equivalente à da massa da espaçonave Voyager-1, pouco mais de 700 kg. "As descobertas mudam o status da pesquisa de impraticável para plausível e meritória de mais investigação", diz White, que está montando um experimento de laboratório para testar a ideia. Usando lasers e uma bobina com forma de anel, ele espera criar a primeira demonstração experimental de uma dobra espacial, que tentará distorcer o espaço-tempo em escalas submicroscópicas. Ainda é muito pouco para levar uma nave até Alfa Centauri, mas seria ao menos uma prova de principio.
Mesmo com a redução da energia necessária (e vale dizer que 700 kg de matéria convertida em energia equivale ao consumo anual dos EUA), ainda resta um problema: as distorções para a dobra espacial exigem o que os físicos chamam de densidade de energia negativa. Isso não é expressamente proibido pela física (no mundo quântico, das partículas elementares, às vezes surgem quantidades diminutas de energia negativa), mas ninguém sabe como chegar lá. Um teste de laboratório talvez seja capaz de funcionar com os efeitos quânticos diminutos que os físicos já geram, mas uma espaçonave exige bem mais. Para resolver isso, os físicos estão explorando soluções como manipular energia escura (a forca de expansão acelerada do Universo, hoje pouco compreendida) e a possibilidade de que existam mais dimensões além das quatro que conhecemos. Há muito trabalho pela frente.
De acordo com as pesquisas de uma equipe de astrônomos das universidades de Portsmouth e Munique a energia escura, prevista em 1998 como sendo a força responsável pela aceleração da expansão do universo, tem sua existência confirmada com 99,996% de certeza.
“A energia escura é um dos maiores mistérios científicos do nosso tempo, por isso não surpreende que muitos pesquisadores questionem sua existência,” comentou Bob Nichol, membro da equipe.
“Mas, com nosso trabalho, estamos mais confiantes do que nunca que esse exótico componente do universo é real – ainda que nós continuemos sem saber do que ela é feita,” acrescentou.
A hipótese da energia escura foi levantada em 1998, tendo sido agraciada com o Nobel de Física de 2011 como resultado do estudo de um grupo chamado Supernova Cosmology Project.
Nesse estudo fundamentado na observação da supernova SN 1997ap, o grupo de pesquisadores encabeçado pelos astrônomos norte americanos Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess ressuscitou a constante cosmológica, abandonada por Einstein e mostrou que nosso universo está em expansão acelerada.
O trabalho trazia evidências que indicavam valores positivos para a constante cosmológica e para a densidade de energia do universo (valor ômega-lambda), mostrando que a matéria e a energia ordinárias com as quais interagimos corriqueiramente respondem por apenas uma pequena fração da densidade do universo.
Ao entender as implicações revolucionárias do estudo o astrônomo Michael Turner cunhou, na época, o termo “energia escura”, um termo amplo, porém capaz de descrever o gigantesco componente de energia que deveria existir para explicar o universo.
Além de apresentar a evidência de um universo com uma massa muito menor do que se acreditava até então, com as observações e refinamentos posteriores, a teoria cosmológica atual assume que a matéria da qual somos feitos, denominada matéria bariônica, responde por apenas 4% da massa do nosso universo, sendo 74%, energia escura e os restantes 22%, matéria escura.
Até hoje os cientistas não conseguiram uma explicação para o que ela seria, mas calculam que a energia escura funciona como uma espécie de “gravidade repulsiva”, mais do que apenas contrabalançar o efeito da gravidade da matéria comum (bariônica) e da matéria escura, a energia escura proporciona um saldo positivo capaz de aumentar a velocidade com que as galáxias estão se afastando uma das outras.
“A confirmação da existência da energia escura acena para possíveis modificações à Teoria da Relatividade Geral de Einstein,” afirmou Tommaso Giannantonio, que coordenou os estudos recentes.
“A próxima geração de rastreios de galáxias e da radiação cósmica de fundo deverá fornecer uma medição definitiva, ou confirmando a relatividade geral, incluindo a energia escura, ou, de forma ainda mais intrigante, exigindo um entendimento completamente novo de como a gravidade funciona”,
concluiu.
Sem dúvida essa é uma das maiores descobertas da história da astronomia, que teve seu início em 1998 e que há quase três lustros vem ainda suscitando muito mais perguntas que respostas.
Um novo observatório ainda em construção forneceu aos astrônomos importantes pistas na compreensão de um sistema planetário próximo, no sentido de sabermos como é que estes sistemas se formam e evoluem.
Os astrônomos utilizaram o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) e descobriram que os planetas que orbitam a estrela Fomalhaut são muito menores do que o inicialmente suposto. Este é o primeiro resultado cientifico publicado correspondente ao primeiro período de observações cientificas do ALMA abertas aos astrônomos de todo o mundo. A descoberta tornou-se possível graças ás imagens ALMA extremamente nítidas de um disco, ou anel, de poeira que órbita Fomalhaut, situada a cerca de 25 anos-luz da Terra, e ajuda a resolver uma controvérsia que se gerou entre os primeiros observadores deste sistema.
As imagens ALMA mostram que tanto as bordas interiores como as exteriores do disco de poeira fino estão muito bem delineadas. Este fato, combinado com simulações de computador, levou os cientistas a concluir que as partículas de poeira permanecem no interior do disco devido ao efeito gravitacional de dois planetas - um mais próximo da estrela do que o disco e outro mais distante [1]. Os seus cálculos também indicam o tamanho provável dos planetas - maiores que Marte mas não maiores que algumas vezes o tamanho da Terra. Estes valores são muito menores do que os astrônomos tinham inicialmente pensado.
Em 2008, o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA revelou o planeta interior, que na altura se pensou ser maior que Saturno, o segundo maior planeta do Sistema Solar. No entanto, observações posteriores com telescópios infravermelhos não conseguiram detectar o planeta. Esta não detecção levou alguns astrônomos a duvidarem da presença do planeta na imagem Hubble. não ajudou também o fato da imagem visível do Hubble ter detectado muitos grãos de poeira pequenos empurrados para o exterior pela radiação estelar, e portanto tornando pouco nítida a estrutura do disco de poeira. As observações do ALMA, a comprimentos de onda maiores que o visível, traçam os grãos de poeira maiores - com cerca de 1 milímetro de diâmetro - que não são deslocados pela radiação estelar. Estes grãos revelam de modo claro as bordas nítidas do disco e a sua estrutura anelar, indicadores do efeito gravitacional dos dois planetas. "Combinando as observações ALMA da estrutura anelar com modelos computacionais, podemos impor limites estritos à massa e à órbita de qualquer planeta que se encontre próximo do anel", disse Aaron Boley (Sagan Fellow, Universidade da Florida, EUA), que liderou este estudo. "As massas destes planetas devem ser pequenas; de contrario os planetas destruiriam o anel", acrescentou.
O tamanho pequeno dos planetas explica por que é que não foram detectados anteriormente pelas observações infravermelhas, disse o cientista. O estudo ALMA mostra que a largura do anel é mais ou menos 16 vezes a distância entre o Sol e a Terra, e a sua espessura é apenas um sétimo da largura. "O anel é ainda mais estreito e fino do que o que se pensava anteriormente", disse Matthew Payne, também da Universidade da Florida. O anel encontra-se a uma distância da estrela de cerca de 140 vezes a distância Terra-Sol. No nosso Sistema Solar, Plutão encontra-se cerca de 40 vezes mais afastado do Sol do que a Terra. "Devido ao pequeno tamanho dos planetas próximos do anel e à sua grande distância à estrela hospedeira, estes estão entre os planetas mais frios já encontrados orbitando uma estrela de tipo normal", acrescentou Aaron Boley.
Os cientistas observaram o sistema Fomalhaut em Setembro e Outubro de 2011, quando apenas um quarto das 66 antenas do ALMA estavam disponíveis. Quando a construção estiver completa no próximo ano, o sistema total será muito mais poderoso. No entanto, ainda na sua fase cientifica inicial, o ALMA teve já capacidade suficiente para revelar uma estrutura que iludiu anteriores observadores em ondas milimétricas. "O ALMA pode estar ainda em construção, mas é já o telescópio mais poderoso do seu tipo. Este é apenas o inicio de uma nova e excitante era no estudo de discos e formação de planetas em torno de outras estrelas", conclui Bill Dent (ALMA, Chile), astrônomo do ESO e membro da equipe.
O Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), uma infraestrutura astronômica internacional, é uma parceria entre a Europa, a América do Norte e o Leste Asiático, em cooperação com a Republica do Chile. O ALMA é financiado na Europa pelo Observatório Europeu do Sul (ESO), na América do Norte pela Fundação Nacional para a Ciência dos Estados Unidos (NSF) em cooperação com o Conselho Nacional de Investigação do Canadá (NRC) e no Leste Asiático pelos Institutos Nacionais de Ciências da Natureza (NINS) do Japão em cooperação com a Academia Sinica (AS) da Ilha Formosa. A construção e operação do ALMA é coordenada pelo ESO, em prol da Europa, pelo Observatório Nacional de Radio Astronomia (NRAO), que é gerido, pela Associação de Universidades (AUI), em prol da América do Norte e pelo Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ), em prol do Leste Asiático. O Joint ALMA Observatory (JAO) fornece uma liderança e direção unificadas na construção, comissionamento e operação do ALMA.
Notas [1] O efeito de planetas ou luas em manter as bordas de um anel de poeira bem nítidos, foi visto pela primeira vez quando a sonda espacial Voyager voou sobre Saturno e obteve imagens detalhadas do sistema de anéis deste planeta. Em outro exemplo do nosso Sistema Solar, um dos anéis do planeta Urano está claramente confinado pelas luas Cordélia e Ofélia, exatamente do mesmo modo que os observadores ALMA propõem para o anel em torno de Fomalhaut. As luas que confinam os anéis destes planetas são chamadas "luas pastoras".
Mais Informações - Este trabalho foi apresentado no artigo "Constraining the Planetary System of Fomalhaut Using High-Resolution ALMA Observations" por A. Boley et al. que será publicado na revista especializada Astrophysical Journal Letters. A equipe é composta por A. C. Boley (University of Florida, Gainesville, EUA), M. J. Payne (University of Florida), S. Corder (North American ALMA Science Center, Charlottesville, EUA), W. Dent (ALMA, Santiago, Chile), E. B. Ford (University of Florida) e M. Shabram (University of Florida). O ano de 2012 marca o qüinquagésimo aniversario da fundação do Observatório Europeu do Sul (ESO). O ESO é a mais importante organização européia intergovernamental para a pesquisa em astronomia e é o observatório astronômico mais produtivo do mundo. O ESO é financiado por 15 paises: Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Franca, Holanda, Itália, Portugal, Reino Unido, Republica Checa, Suécia e Suíça.
O ESO destaca-se por levar a cabo um programa de trabalhos ambicioso, focado na concepção, construção e funcionamento de observatórios astronômicos terrestres de ponta, que possibilitam aos astrônomos importantes descobertas cientificas. O ESO também tem um papel importante na promoção e organização de cooperação nas pesquisas astronômicas. O ESO mantém em funcionamento três observatórios de ponta, no Chile: La Silla, Paranal e Chajnantor. No Paranal, o ESO opera o Very Large Telescope, o observatório astronômico óptico mais avançado do mundo e dois telescópios de rastreio. O VISTA, o maior telescópio de rastreio do mundo que trabalha no infravermelho e o VLT Survey Telescope, o maior telescópio concebido exclusivamente para mapear os céus no visível. O ESO é o parceiro europeu do revolucionário telescópio ALMA, o maior projeto astronômico que existe atualmente. O ESO está planejando o European Extremely Large Telescope, E-ELT, um telescópio da classe dos 40 metros que observará na banda do visível e próximo infravermelho. O E-ELT será "o maior olho no céu do mundo". ( Fonte: ESO - http://www.eso.org/public/brazil/news/eso1216/ ) Ed: GMM
Não, esta não é mais uma resenha.
Se você já se perguntou "Como diabos eu vim parar nessa página?" vai entender a minha sensação quando me deparei com uma série de artigos muito interessantes no site do departamento de física e astronomia da Universidade de Leicester, na inglaterra. Dentre todos, (Vale a pena dar uma conferida nos outros, que são muito legais - em inglês) vi esse que me motivou a traduzir ( pela simplicidade e curiosidade do fato).
Ele tenta analisar se o plano do filme Armagedom de 1998 - estrelado por Bruce Willis, Liv Tyler e Ben Affleck - é viável, baseado em simples conhecimentos de física - ou é mais uma daquelas velhas viagens na maionese que todo mundo ignora para poder comer pipoca no sábado à tarde.
O Original se encontra aqui.
(Obs: OK, ok, tem matemática envolvida... mas se até eu entendi, você também consegue...)
Diário de física, Tópicos Especiais 1P1_1 Poderia Bruce Willis salvar o mundo?
Back A, Brown G, Hall B e Turner S
Departamento de Física e Astronomia da Universidade de Leicester, Leicester, LE1 7RH.
01 de novembro de 2011
Abstrato
O filme Armagedom (1998) propõem a possibilidade de se usar uma arma nuclear enterrada
dentro de um asteroide em rota de colisão com a Terra, para dividir o asteroide em duas metades, sendo que cada uma seria desviada ao redor da Terra, cada uma a seu lado, com damos relativamente menores que um impacto direto em escala de extinção de vida no planeta. Este artigo investiga a viabilidade desse plano e mostra que mesmo usando a maior arma nuclear já criada até esta data, a explosão seria mais de 9 ordens de magnitude abaixo do necessário para o sucesso de tal empreitada.
Rocha versus arma nuclear
No filme "Armagedom", Bruce Willis retrata um engenheiro de perfuração petrolífera, que
é encarregado de aterrizar na superfície de um meteoro em roda de colisão com a Terra, perfurar sua superfície até o centro e detonar um dispositivo nuclear de grande poder de destruição. Isto dividiria o asteroide em duas partes, que passariam ao redor do planeta, com o mínimo de efeitos colaterais[1].
Algumas informações podem ser obtidas a partir do filme em si com relação a tamanho, composição e trajetória do asteroide e assim uma investigação para saber se isso é viável pode ser empreendida.
Uma série de pressupostos precisam ser feitos devido à informação limitada apresentada no filme. Primeiro, o asteroide é aproximadamente um objeto esférico de 1.000 km de diâmetro (o asteroide é citado como sendo do tamanho do Texas [1]) que se divide em dois hemisférios de iguais dimensões. O asteroide no filme passa com uma folga de cada lado da Terra de 400 milhas (640 km) [1] que é o valor assumido para o nosso cálculo. Além disso estaremos ignorando qualquer energia de coesão (gravitacional ou de outra forma) do asteroide e os efeitos gravitacionais da Terra são ignorados (em outras palavras, nada mantém o asteroide inteiro e nada vai tentar juntá-lo de volta, com a divisão).
A distância do ponto de corte (o ponto referido como a barreira zero no filme, além do qual a divisão do asteroide ainda resulta em um impacto) foi calculado utilizando certos eventos mostrados no filme, principalmente a manobra estilingue ao redor da lua para pousarem no asteroide, e a velocidade do asteroide de 22.000 mph (10 km/s). A distância da Terra em que a bomba é detonada é tomada como 63.000 milhas (101.000 km) [2].
Usando uma análise de energia simples, as duas metades devem ter, cada uma, energia cinética perpendicular à direção do movimento original do asteroide suficiente para passar pela Terra sem bater nela. Isto é, o tempo para que elas percorram as 63.000 milhas até a superfície do planeta deve ser maior do que o tempo que leva cada hemisfério para alcançar a distância de segurança em ambos os lados da Terra. Considerando-se apenas um hemisfério e tendo a velocidade perpendicular crítica (onde ambos os tempos são iguais e os hemisférios já estão suficientemente distantes da Terra):-
, (1)
onde R é o raio de segurança (raio da Terra mais 400 milhas), D é a distância da detonação até a Terra, v1 é a velocidade do asteroide pré-detonação ev2 é a velocidade perpendicular dos hemisférios pós-detonação. Rearrumando para v2 e substituindo na equação da energia cinética:-
, (2)
e utilizando o fato de que existem dois hemisférios de densidade ? e volume , onde r é o raio do asteroide (i.e. meia esfera de volume), que requerem cada uma a energia cinética para desviar da Terra, a energia cinética total resultante requerida seria de:
. (3)
De acordo com o filme, a substância que compõem o asteroide é ferrite, o qual assume-se que seja uma mistura de compostos minerais baseados em ferro. Isto dá um limite superior à densidade do asteroide, porque o ferro puro é muito mais denso do que a maioria dos minerais que podem se originar do mesmo. Uma densidade aproximada de 7000 kg/m³ foi utilizada para o nosso cálculo. Utilizando os dados fornecidos acima, a energia requerida foi calculada em 8x1026J.
Um estrondo gigantesco
A bomba usada no filme é identificada simplesmente como uma bomba H [1]. Nenhuma informação específica é dada sobre a sua potência. No entanto, faz-se a suposição bastante óbvio que todo o esforço possível seria utilizado para salvar a Terra, de modo que seria utilizada a maior bomba já feita até a data do evento. A bomba em questão é conhecida como Big Ivan ou Tsar Bomba, efetivamente a “rainha das bombas”, feita pelo exército soviético e testada em 30 de outubro de 1961. Esta
tem um poder destrutivo de 50 megatons [3], embora tenha sido projetado para permitir até 100 megatons. Uma simples conversão pode ser feita entre o poder de destruição e a energia da explosão, ou seja, 1 megaton = 4,18 peta joules [4]. Assim, o total de energia desprendido na explosão seria de aproximadamente 4.18 x 1027J.
Desculpe Bruce...
Pode-se notar claramente que este número é bem menor (por mais de 9 ordens de magnitude) do que o valor da energia cinética necessária, mesmo baseado-se em uma série de suposições, a maioria das quais a favor da bomba.
Assume-se que a energia da bomba é completamente convertida em energia cinética do asteroide sem perdas por atrito, por energia de coesão (gravitacional, intermolecular ou qualquer outra) do asteroide, a influência gravitacional da Terra, as perdas através de luz, som, produção de calor na explosão ou quaisquer outras perdas associadas com a situação.
Embora se admita que a estimativa da densidade e do tamanho do asteroide podem ter sido superestimados, essas mudanças são improváveis para reduzirem o resultado por mais do que 2 ordens de magnitude, mais provavelmente um pouco mais de 1 ordem, enquanto que a remoção do cálculo da energia de coesão pode resultar num aumento da energia necessária de diversas ordens de magnitude a mais.
Como um ponto interessante, a distância que a bomba teria que ter sido detonada a fim de permitir a vastamente magnitude insuficiente da saída bombas foi calculado como aproximadamente 1.3 x 10¹³m, que é de aproximadamente 10-³ anos luz, ou 88 AU. Isso colocaria o asteroide em algum lugar na borda exterior do cinturão de Kuiper, um lugar geralmente rico em corpos gelados como cometas e planetas anões como Plutão, mas muito pobres em asteroides ricos em ferro, o que significa que tal corpo é muito pouco provável de ter-se originado tão longe. Curiosamente, esta distância é
notavelmente semelhante à distância atual das sondas Voyager 1 e 2, lançadas em 1977, 2 décadas antes da ambientação do filme.
A conclusão é muito simples. Nosso nível atual de tecnologia é simplesmente insuficiente para proteger a Terra de tal asteroide por este meio específico de defesa planetária, embora outros métodos possíveis já foram sugeridos que podem ser mais viáveis.
Referencias
[1] “Armageddon”, 1998, Michael Bay
(Director), Jerry Bruckheimer Films
(Director), Jerry Bruckheimer Films
[2] Lehane, J, "Armageddon (1998): Geological
Critique", www.dinojim.com, 2011, acessado em 17/10/11
Critique", www.dinojim.com, 2011, acessado em 17/10/11
[3] “The Soviet Weapons Program - The Tsar
Bomba”, www.nuclearweaponarchive.org,
2007, acessado em 17/10/11
Bomba”, www.nuclearweaponarchive.org,
2007, acessado em 17/10/11
[4] “Joules to Megatons conversion
calculator”, www.unitconversion.org, 2011,
acessado em 01/12/14
calculator”, www.unitconversion.org, 2011,
acessado em 01/12/14
O estudo mais preciso até o momento sobre os movimentos de estrelas na Via Láctea não mostrou evidencias da existência de grandes quantidades de matéria escura na vizinhança do Sol.
De acordo com as teorias geralmente aceitas, a vizinhança do Sol deveria estar cheia de matéria escura, a matéria invisível misteriosa que só pode ser detectada de modo indireto pela forca gravitacional que exerce. No entanto, um novo estudo de uma equipe de astrônomos no Chile descobriu que estas teorias não explicam os dados observados, o que pode significar que tentativas de detectar diretamente partículas de matéria escura na Terra dificilmente serão bem sucedidas.
Uma equipe de astrônomos, utilizando o telescópio MPG/ESO de 2,2 metros instalado no Observatório de La Silla do ESO, juntamente com outros telescópios, mapeou os movimentos de mais de 400 estrelas até uma distância de 13 mil anos-luz do Sol. A partir destes novos dados, a equipe calculou a massa da matéria na vizinhança do Sol, contida num volume quatro vezes maior do que considerado nos levantamentos anteriores.
"A quantidade de massa que calculamos coincide muito bem com o que vemos - estrelas, poeira e gás - na região em torno do Sol", diz o líder da equipe Christian Moni Bidin (Departamento de Astronomia, Universidade de Concepcion, Chile). "Mas isso não deixa lugar para matéria adicional - a matéria escura - que esperávamos encontrar. Os nossos cálculos mostram que a matéria escura deveria ter aparecido muito claramente nas medições. Mas não está lá!". A matéria escura é uma substancia misteriosa que não pode ser vista, mas que se detecta pelo efeito gravitacional que exerce na matéria à sua volta. Este ingrediente extra do cosmos foi originalmente sugerido para explicar por que é que as zonas periféricas das galáxias, incluindo a nossa própria Via Láctea, giram tão rapidamente.
A matéria escura é agora uma parte integrante das teorias que explicam como é que as galáxias se formam e evoluem. Atualmente é geralmente aceito que a componente escura constitui cerca de 80% da massa do Universo [1], apesar do fato de continuar a resistir a todas as tentativas de clarificação da sua natureza, a qual permanece obscura.
Até agora todas as tentativas de detecção de matéria escura em laboratórios na Terra falharam. Ao medir cuidadosamente os movimentos de muitas estrelas, particularmente daquelas fora do plano da Via Láctea, a equipe pode calcular a quantidade de matéria presente responsável por esses movimentos [2]. Estes movimentos são o resultado da atração gravitacional mutua de toda a matéria, seja ela normal, como por exemplo estrelas, seja ela matéria escura.
Os modelos existentes para explicar como é que as galáxias se formam e giram sugerem que a Via Láctea esteja rodeada por um halo de matéria escura. Os modelos não conseguem prever exatamente a forma desse halo, mas prevêem encontrar quantidades significativas de tal matéria na região em torno do Sol. No entanto, apenas algumas formas bastante incomuns do halo de matéria escura - tais como uma forma extremamente alongada - poderiam explicar a falta de matéria escura descoberta por este novo estudo [3].
Os novos resultados também significam que tentativas de detectar matéria escura na Terra por meio das raras interações entre as partículas de matéria escura e as partículas de matéria "normal" terão poucas probabilidades de sucesso. "Apesar dos novos resultados, a Via Láctea gira muito mais rapidamente do que pode ser justificado pela matéria visível. Por isso, se a matéria escura não está onde se esperava, temos que procurar uma nova solução para o problema da massa faltante. Os nossos resultados contradizem os modelos atualmente aceitos. O enigma da matéria escura tornou-se agora ainda mais misterioso. Rastreios futuros, como os da missão Gaia da ESA, serão cruciais para avançarmos a partir deste momento", conclui Christian Moni Bidin.
Notas [1] De acordo com as atuais teorias calcula-se que a matéria escura constitua 83% da matéria no Universo, encontrando-se os restantes 17% sob a forma de matéria normal. Uma maior quantidade de energia escura também parece estar presente no Universo, não se esperando, no entanto, que esta afete os movimentos das estrelas na Via Láctea. [2] As observações foram obtidas com o espectrógrafo FEROS instalado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, o instrumento Coralie montado no Telescópio Suíço de 1,2 metros Leonhard Euler, o instrumento MIKE montado no Telescópio Magellan II e o espectrógrafo Echelle instalado no Telescópio Irene du Pont. Os dois primeiros telescópios estão situados no Observatório de La Silla do ESO e os dois últimos estão localizados no Observatório de Las Campanas, ambos no Chile.
Foram incluídas no estudo um total de mais de 400 estrelas gigantes vermelhas a alturas variáveis acima do plano da galáxia na direção do polo sul galáctico. [3] As teorias predizem que a quantidade media de matéria escura na região da Gálaxia onde se encontra o Sol deva ser da ordem de 0,4 a 1,0 quilogramas de matéria escura num volume equivalente ao tamanho da Terra. As novas medições encontram o valor de 0,00±0,07 quilogramas por volume do tamanho da Terra.
Mais Informações - Este trabalho foi apresentado no artigo cientifico "Kinematical and chemical vertical structure of the Galactic thick disk II. A lack of dark matter in the solar neighborhood", por Moni-Bidin et al., que será publicado na revista especializada The Astrophysical Journal. A equipe é composta por C. Moni Bidin (Departamento de Astronomia, Universidad de Concepcion, Chile), G. Carraro (European Southern Observatory, Santiago, Chile), R. A. Mendez (Departamento de Astronomia, Universidad de Chile, Santiago, Chile) e R. Smith (Departamento de Astronomia, Universidad de Concepcion, Chile).
O ano de 2012 marca o qüinquagésimo aniversario da fundação do Observatório Europeu do Sul (ESO). O ESO é a mais importante organização européia intergovernamental para a pesquisa em astronomia e é o observatório astronômico mais produtivo do mundo. O ESO é financiado por 15 paises: Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça. O ESO destaca-se por levar a cabo um programa de trabalhos ambicioso, focado na concepção, construção e funcionamento de observatórios astronômicos terrestres de ponta, que possibilitam aos astrônomos importantes descobertas cientificas. O ESO também tem um papel importante na promoção e organização de cooperação nas pesquisas astronômicas. O ESO mantém em funcionamento três observatórios de ponta, no Chile: La Silla, Paranal e Chajnantor. No Paranal, o ESO opera o Very Large Telescope, o observatório astronômico óptico mais avançado do mundo e dois telescópios de rastreio.
O VISTA, o maior telescópio de rastreio do mundo que trabalha no infravermelho e o VLT Survey Telescope, o maior telescópio concebido exclusivamente para mapear os céus no visível. O ESO é o parceiro europeu do revolucionário telescópio ALMA, o maior projeto astronômico que existe atualmente. O ESO está planejando o European Extremely Large Telescope, E-ELT, um telescópio da classe dos 40 metros que observará na banda do visível e próximo infravermelho. O E-ELT será "o maior olho no céu do mundo". ( Fonte: ESO - http://www.eso.org/public/brazil/news/eso1217/ ) Ed: GMM.
A importância dada à pesquisa científica no Brasil...
Depois de um ano parado, projeto foi enviado à Casa Civil pelo Ministério da Ciência e seguirá para o Congresso. A iniciativa começa a tirar do papel o primeiro de quatro grandes projetos científicos da pasta.
A adesão do Brasil ao Observatório Europeu do Sul (ESO), o maior complexo astronômico do mundo, deve ser o primeiro grande projeto de expansão da ciência brasileira a sair do papel - isso se o contingenciamento de recursos anunciado ontem pelo governo federal permitir. O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) acaba de enviar à Casa Civil o termo que define a participação do Brasil no ESO. O documento será apreciado, em seguida, pelo Congresso.
Assinado em dezembro de 2010 entre o então ministro Sergio Rezende e o diretor-geral do ESO, Tim de Zeeuw, o projeto previa um custo para o Brasil de cerca de R$ 555 milhões nos próximos 11 anos. O objetivo é a construção do E-ELT, o maior telescópio terrestre existente na Terra. Em 2011, o processo não avançou, deixando apreensiva a comunidade astronômica brasileira, majoritariamente favorável ao projeto (mas não unanimemente; pesquisadores renomados, como Joao Steiner, da USP, dizem que o custo é alto demais).
O encaminhamento da participação do Brasil no ESO foi o pontapé inicial para tirar do papel projetos milionários de ciência que ficaram parados na pasta de Ciência em 2011. Carteira vazia - A justificativa do governo para a estagnação dos projetos foi o corte de recursos: Aloízio Mercadante, ex-ministro de Ciência, perdeu 23% do orçamento em 2011. Ontem, o governo anunciou mais um corte. O orçamento de Ciência para 2012 ficou em R$ 5,2 bilhões: 20% menor do que em 2011. "Todos esses projetos colocam o Brasil em novo patamar de ciência", disse o secretário-executivo da pasta, Luiz Antonio Rodrigues Elias. De acordo com Elias, a falta de recursos, que agora ficou ainda pior, será driblada por parcerias privadas e com fundações estaduais.
Alem do ESO, também estão em jogo a negociação para a entrada do Brasil no Cern, maior laboratório de física de partículas do mundo, a construção de um novo acelerador de partículas no Laboratório Nacional de Luz Sincrotron (LNLS), em Campinas, e um reator multipropósito.
O acordo com o ESO foi discutido apos a posse de Raupp, em reunião entre ele, Mercadante e Dilma Rousseff para debater a transição na pasta de Ciência. Segundo o jornal Folha de são Paulo, Dilma observou a planilha de gastos dos próximos anos e instruiu que o acordo fosse tocado adiante. Cerca de 50% do orçamento do novo anel de luz sincrotron e do reator multipropósito do Instituto de Pesquisa Energéticas e Nucleares (Ipen) está no PPA (Plano Plurianual), de 2012 a 2015. não se sabe, porem, quando e nem se esse dinheiro será liberado. "Mas estar no PPA já é um grande avanço", avalia José Perrota, do Ipen. Se implementado, o reator suprirá a demanda nacional de radioisótopos, necessários para a produção de fármacos. "não somos concorrentes. O reator é tão importante quanto o novo anel", avalia José Roque, do LNLS.
Já a participação do Brasil no Cern ainda está sendo estudada pelo MCTI. Entrada no projeto melhora imagem do Pais - A organização do Observatório Europeu do Sul já concede direitos plenos de uso dos telescópios aos brasileiros desde a assinatura original do acordo, em 2010. Os europeus estavam ficando impacientes com a falta de progresso e o não pagamento das contribuições exigidas do governo brasileiro. Os atrasos atrapalharam os planos do consorcio de iniciar a construção de seu mais novo telescópio, o E-ELT (que será o maior do mundo quando ficar pronto) e já se discutia, não oficialmente, entre as lideranças do ESO a anulação do acordo com o Brasil, caso não houvesse progressos em seis meses. Ensaiava-se, portanto, uma repetição do vexatório episódio da participação brasileira na Estação Espacial Internacional, em que a Nasa cumpriu todas as exigências (inclusive treinando um astronauta brasileiro), mas o Brasil pouco fez para cumprir sua parte e acabou expulso do consorcio. Com o encaminhamento do acordo para o Congresso, a expectativa é resgatar a imagem brasileira diante de parceiros internacionais. "A maioria da comunidade astronômica brasileira apóia a entrada do Brasil no ESO e comemora o envio da mensagem do acordo para o Congresso via Casa Civil", diz Eduardo Janot Pacheco, astrônomo da USP e presidente da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB). ( Fonte: Folha de SP )"
A superfície de Plutão pode conter moléculas orgânicas complexas espécie de "tijolos" que são fundamentais para a construção da vida como a conhecemos, afirma um novo estudo.
A descoberta é do Telescópio Espacial Hubble, que detectou que algumas substancias na superfície do planeta-anão estão absorvendo mais luz ultravioleta do a quantidade que era esperada. Isso, segundo especialistas da Nasa, dá pistas importantes sobre a composição química do astro.
De acordo com os astrônomos, esses compostos possivelmente são hidrocarbonetos complexos ou moléculas que contem nitrogênio. Já se sabe que a superfície de Plutão tem metano, dióxido de carbono e nitrogênio congelados. É possível que os compostos que estão absorvendo a luz ultravioleta tenham sido produzidos pela interação das substancias com luz solar ou raios cósmicos, partículas subatômicas muito velozes.
Em nota, Alan Stern, líder do trabalho, destacou a importância das novas pistas químicas encontradas. "Os hidrocarbonetos complexos plutonianos e as outras moléculas que podem ser responsáveis pelas propriedades espectrais ultravioleta que nos encontramos podem, entre outras coisas, dar aquela cor avermelhada de Plutão", disse.
Alem disso, a equipe de Stern encontrou evidencias de que o terreno de Plutão tenha mudado. Ao comparar imagens da superfície de Plutão feitas na década de 1990 e agora, os astrônomos verificaram que o espectro ultravioleta do ex-planeta se modificou. É possível que mudanças na pressão atmosférica do planeta-anão tenham causado essa alteração.
Alem de Plutão, outros astros do chamado Cinturão Kuiper também tem "cor de ferrugem". Estudos anteriores já haviam relacionado o avermelhado a possíveis moléculas orgânicas. A grande distância entre a Terra e Plutão ainda impõe muitas dificuldades ao estudo do planeta-anão. Os mistérios sobre esse corpo celeste devem começar a ser desvendados com a chegada da sonda "New Horizons", programada para 2015. ( Fonte: Folha de Sao Paulo ) Ed: FA
O telescópio VLT do Observatório Europeu Austral, ESO, capturou esta imagem extraordinária da nebulosa que envolve o aglomerado estelar NGC 1929 localizado na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da nossa própria Via Láctea.
Esta maternidade estelar é dominada por o que os astrônomos chamam de "superbolha". Este objeto está sendo esculpido tanto pelos ventos ejetados pelas estrelas brilhantes jovens como pelas ondas de choque originarias das explosões de supernovas.
A Grande Nuvem de Magalhães é uma pequena galáxia vizinha da Via Láctea. Possui muitas regiões onde nuvens de gás e poeira estão formando novas estrelas. Esta nova imagem do telescópio VLT do ESO mostra em grande plano uma dessas regiões, localizada ao redor do aglomerado estelar NGC 1929. Esta nebulosa é oficialmente conhecida como LHA 120-N 44, ou apenas pelo diminutivo N 44.
As estrelas jovens quentes do NGC 1929 estão emitindo radiação ultravioleta extremamente intensa, o que faz com que brilhe o gás ao seu redor. Este efeito evidencia a superbolha, uma vasta concha de matéria com um tamanho de 325 por 250 anos-luz. Em termos de comparação importa dizer que a estrela mais próxima do Sol se encontra a uma distância de pouco mais de quatro anos-luz.
A superbolha N 44 formou-se devido à combinação de dois processos. Primeiro: ventos estelares - correntes de partículas carregadas emitidas por estrelas muito quentes de grande massa localizadas no centro do aglomerado - limparam a região central. A continuação: estrelas de grande massa do aglomerado explodiram como supernovas criando ondas de choque e puxando o gás para fora formando assim uma bolha brilhante.
Embora a superbolha esteja formada por forças destrutivas, estrelas novas estão se formando em torno dos limites onde o gás está sendo comprimido. Tal como reciclagem em escala cósmica, esta próxima geração de estrelas trará vida nova ao NGC 1929.
A imagem foi criada pelo ESO a partir de dados observacionais identificados por Manu Meijas, da Argentina, que participou no concurso de astrofotografia Tesouros Escondidos do ESO 2010. A competição foi organizada pelo ESO em Outubro e Novembro de 2010, e foi dirigida a qualquer pessoa gostando produzir imagens bonitas do céu noturno utilizando dados astronômicos obtidos com telescópios profissionais. ( Fonte: http://www.eso.org/public/news/eso1125/ ) Ed: JG
A Rússia lançou no dia 18/07/2011, o radiotelescópio Spektr-R, desenhado para ser o mais poderoso observatório do espaço profundo (regiões alem da Lua que não sofrem a influencia gravitacional da Terra) do mundo.
É o primeiro deste tipo enviado por Moscou em 25 anos. Com uma antena de dez metros de diâmetro, o equipamento deve ser capaz de produzir imagens com uma resolução 100.000 vezes maior do que o famoso telescópio espacial Hubble.
O Spektr-R tem como objetivo desvendar alguns segredos dos mais enigmáticos objetos do universo: buracos negros, as misteriosas fontes luminosas dos quasares (corpos com núcleo galáctico ativo localizados nos confins do cosmo, parecidos com estrelas, só que com muito mais massa e emissão de radiação) e pulsares (pequenas estrelas de nêutrons que emitem forte energia eletromagnética).
"O telescópio irá permitir que olhemos para os locais mais longínquos do universo com uma boa resolução, recebendo dados sobre fenômenos extra-galácticos", afirma Viktor Khartov, idealizador do projeto no Instituto Lavochkin. "O mundo inteiro esta' esperando por isso". O observatório – parte do projeto Radioastron - foi lançado com um foguete Zenit da plataforma de Baikonur, no Cazaquistão, e dá inicio ao projeto de um sistema unificado terrestre-espacial que envolve físicos da Rússia e de outros paises.
O Spektr-R deve seguir uma órbita elíptica a 340 mil quilômetros, beneficiado pela gravidade da Lua, durante pelo menos cinco anos. Depois de um longo período sem enviar nenhum grande equipamento ao espaço, a Russia planeja também enviar em novembro de 2011 a sonda Fobos-Grunt, que deve retornar à Terra com amostras de uma das luas de Marte. Será a primeira missão interplanetária russa depois da fracassada Mars 96. ( Fonte: AFP/Veja ) Ed: CE
O Brasil quer se tornar membro do Observatório Europeu do Sul (ESO) e a comunidade cientifica está dividida. Uma parte acha que será um avanço, a outra, que será apenas uma forma de se endividar. O acordo de adesão foi assinado no ano passado pelo então ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e ainda precisa ser aprovado no Congresso.
O investimento é alto, são 256 milhões de euros (R$ 570 milhões) em dez anos que vão dar permitir que pesquisadores brasileiros observem o universo por 36 noites ao ano a partir dos equipamentos do ESO. Um investimento desta categoria gerou uma mesa redonda na 63ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, que acontece nesta semana em Goiânia.
Para os que defendem que o Brasil faça tal investimento, o argumento está no fato de o equipamento atender a todos os tipos de pesquisa em astronomia e estar na vanguarda deste tipo de tecnologia. "A grande qualidade do ESO é a larga quantidade de equipamentos ao alcance de todos os astrônomos brasileiros. O Gemini tem equipamentos em vermelho, não atende mais da metade da comunidade de astrônomos brasileiros", disse Kepler de Oliveira, astrônomo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Hoje o Brasil tem acesso a dois telescópios, o Gemini e o Soar. O gasto é de 30 milhões de dólares (R$ 47 milhões) em 18 anos, mas atendem apenas astrônomos que trabalham com óptica de infravermelho. O ESO está em três áreas do deserto do Atacama do Chile, é o que há de mais moderno em equipamentos astronômicos. Duas áreas trabalham com óptica de infravermelho e outra com radioastronomia. O complexo também conta com VLT (Very Large Telescope), um conjunto de quatro telescópios com 8,2 metros de diâmetro e mais quatro auxiliares de 1,8 metro. Há ainda uma quarta área sendo construída, onde estará o maior telescópio do mundo, o E-ELT com 42 metros de diâmetro.
"O fato é que o Ministério de Ciência e Tecnologia não tem este dinheiro", disse João Evangelista Steiner, da Universidade de São Paulo (USP). Para o professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, a astronomia brasileira corresponde a apenas 1% da ciência brasileira em relação ao número de pesquisadores e numero de artigos publicados, o que faz com um investimento desta dimensão só para uma área, "algo injusto". Oliveira justifica que os equipamentos para astronomia são mesmo caros. "A astronomia realmente precisa de instrumentos grandes, que são caros, diferentes de outras ciências", disse.
Steiner afirmou que um problema sério do acordo está no fato de a conta para cada um dos 15 paises membros ser baseada no Produto Interno Bruto (PIB) de cada nação, embora o uso seja por competição cientifica. "Digamos que o Brasil tenha menos astrônomos que a Holanda, e nossos astrônomos tenham menos maturidade cientifica que os holandeses. Pagaremos três vezes mais que a Holanda, por causa do nosso PIB e não teremos três vezes mais resultado do que eles. Vamos subsidiar na prática a ciência européia. E subsidiar um valor altamente significativo", disse. Steiner acredita que o melhor seria continuar com os telescopios Gemini e Soar, que tem 20 anos e desenvolver tecnologia brasileira. Para Oliveira, um dos pontos fortes de entrar para o grupo do ESO está no fato de já no primeiro dia poder usar o melhor telescópio do mundo. ( Fonte: Maria Fernanda Ziegler/IG ) Ed: CE
Descoberto em 1846, o mais distante planeta do Sistema Solar levou 164,79 anos para terminar a primeira volta completa em volta do Sol, desde que foi descoberto pelos seres humanos.
Segunda-feira, 11 de julho, a comunidade de astrônomos celebrou um evento marcante: o primeiro ano 'netuniano' desde sua descoberta. O gigantesco e gelado planeta gasoso foi descoberto há 164,79 anos no dia 23 de setembro de 1846. E como Netuno demora 164,79 anos terrestres para dar uma volta ao Sol, só agora, quase dois séculos depois, o distante globo azulado completa a primeira órbita desde o seu descobrimento pelos seres humanos.
A descoberta de Netuno foi um divisor de águas na astronomia. O planeta não foi descoberto utilizando telescópios ou qualquer tipo de observação direta. A existência do oitavo planeta do Sistema Solar foi provada por precisos cálculos matemáticos. Havia algo de estranho na órbita de Urano — naquela época considerado o planeta mais distante do Sol. Essa perturbação só poderia ser explicada pela existência de outro mundo, ainda mais distante, cuja gravidade estaria alterando o caminho de Urano previsto pelos astrônomos.
A descoberta do planeta foi calculada por dois matemáticos que trabalharam separadamente: o inglês John Adams e o francês Urbain Le Verrier. Os dois concordavam com a localização do astro no céu, mas foi Verrier que publicou a descoberta em um periódico cientifico primeiro. Adams anunciou sua descoberta para o astrônomo inglês George Airy.
Sabendo a posição de Netuno no céu, astrônomos em Berlim apontaram seus telescópios para o local e avistaram o planeta. Embora tenha sido descoberto em 1846, cientistas só puderam ver o planeta de perto 140 anos depois, quando a sonda americana Voyager 2 passou ao lado do planeta. As imagens mostravam uma plácida esfera azul. Anos mais tarde analises revelaram grandes tempestades no planeta, vistas como manchas escuras na superfície de Netuno.
Uma das grandes surpresas teria vindo de Tritão, a maior das 13 luas de Netuno, de acordo com o professor Carl Murray, da University College London. Em entrevista ao jornal ingles Guardian, o cientista disse: "O astro possui uma fina atmosfera e grandes quantidades de material escuro espalhado pela superfície. Gêiseres de poeira e nitrogênio entram em erupção à medida que a lua é aquecida pelo Sol. Mesmo no gelado limiar do Sistema Solar, onde as temperaturas chegam a mais de 200 graus Celsius negativos, a luz do Sol influencia sistemas climáticos". ( Fonte: Veja )
Ed: CE
Os cientistas estavam há 10 anos tentando resolver um problema biológico, mas um grupo de jogadores usando um jogo que simula a composição de proteínas, resolveu o problema em 3 semanas.
Com o lema de "resolver puzzles para a ciência", a Universidade de Washington e o Departamento de Ciência da Computação, Engenharia e Bioquímica dos Estados Unidos, lançaram em 2008 o jogo chamado FOLDIT ( fold it, ou dobre isso, referencia a forma como uma proteína se dobra ). Este jogo consiste em montar estruturas de proteínas em modelos tridimensionais, seguindo as regras que existem na natureza, tais como componentes que são sensíveis a água não ficarem expostos ao meio, enquanto outros componentes obrigatoriamente tem que estar.
O objetivo do jogo era colocar a disposição dos jogadores possíveis puzzles que são de difícil solução aos cientistas. Então dentro do jogo, os jogadores podem optar por jogar de maneira descompromissada ou desafiar os tais puzzles deixados pelos cientistas.
E foi nessa brincadeira que os jogadores deram um show nos cientistas.
Uma das proteínas estava há 10 anos em pesquisa, justamente por um motivo muito simples: essa proteína faz parte do vírus da AIDS. Os jogadores resolveram o problema desta proteína em três semanas. Os cientistas estão abismados com a capacidade deles e creditam essa solução ao fato de que eles possuem um raciocínio espacial muito apurado por serem justamente jogadores, expertise que os cientistas mais ligados a biologia não são tão desenvolvidos. Como uma proteína possui dobras em qualquer direção, todos os ângulos devem ser levados em consideração quando modelados, pois a estrutura deve seguir aquelas regras citadas acima em qualquer direção.
E para que serve isso? Alguns devem se perguntar. Conhecendo a estrutura das proteinas que compõe um virus, pode-se perquisar maneiras de criar vacinas ou medicamentos que possam atacar essas estruturas proteicas, causando a destruição deste virus. É uma informação que pode valer milhões.
A minha duvida agora seria a seguinte: Esse tipo de descoberta seria motivo para um premio Nobel para o(s) cientista(s) que o descobrissem. Será que a organização vai oferecer o premio a este grupo de jogadores ??? :)
Os interessados em jogar podem acessar o site aqui. Lembrando que o site está em inglês e tem muitos termos mais voltados a biologia, então o conhecimento de um inglês mais profundo é necessario.
Uma equipe de astrônomos europeus utilizou o telescópio VLT do Observatório Europeu Austral, ESO, juntamente com outros telescópios para descobrir e estudar o quasar mais distante encontrado até hoje. Este farol brilhante, cujo motor é um buraco negro com uma massa duas bilhões de vezes maior que a do Sol, é sem duvida o objeto mais brilhante descoberto no Universo primitivo.
Os resultados deste estudo sairão em 30 de Junho na revista Nature. "Este quasar é uma importante sonda do Universo primitivo. É um objeto muito raro que nos ajudará a compreender como é que os buracos negros de massa extremamente elevada cresceram algumas centenas de milhões de anos depois do Big Bang," diz Stephen Warren, o lider da equipe.
Os quasares são galáxias muito distantes e brilhantes que se acredita serem alimentadas por buracos negros de grande massa situados no seu centro. O seu brilho torna-os poderosos faróis que nos podem ajudar a investigar a época do Universo em que se estavam a formar as primeiras estrelas e galáxias. O quasar recém descoberto encontra-se tão afastado que a sua radiação provem-nos da ultima fase da era da reonização.
Observamos o quasar, denominado ULAS J1120+0641, tal como era apenas 770 milhões de anos depois do Big Bang (desvio para o vermelho de 7.1). A sua radiação levou 12.9 bilhões de anos para chegar até nos. Embora objetos mais distantes tenham já sido observados (tais como a explosão de raios gama com um desvio para o vermelho de 8.2, e a galáxia com desvio para o vermelho de 8.6), este quasar recém descoberto é centenas de vezes mais brilhante que estes objetos. Entre os objetos suficientemente brilhantes para poderem ser estudados em detalhe, este é claramente o mais distante. O quasar mais distante depois deste observa-se tal como era 870 milhões de anos depois do Big Bang (desvio para o vermelho 6.4).
Objetos similares mais longínquos não se consegue observar em rastreios efetuados no visível, uma vez que a sua radiação, esticada devido à expansão do Universo, observa-se essencialmente na região infravermelha do espectro, na altura em que chega à Terra. O rastreio europeu profundo no infravermelho, UKIDSS (sigla do ingles European UKIRT Infrared Deep Sky Survey), que utiliza o telescópio infravermelho do Reino Unido, situado no Hawaii, foi concebido para resolver este problema.
Uma equipe de astrônomos esteve à procura no seio da base de dados de milhões de objetos do UKIDSS no intuito de encontrarem aqueles que poderiam ser quasares distantes há muito procurados. Esta busca deu finalmente resultados. "Demoramos cinco anos para encontrar este objeto," explica Bram Venemans, um dos autores deste trabalho. "Estávamos à procura de um quasar com um desvio para o vermelho maior que 6.5. Encontrar um que está tão longe, com um desvio para o vermelho maior que 7, foi uma surpresa fantástica. Este quasar possibilita-nos um olhar profundo à era da reinozação, fornecendo-nos assim uma oportunidade para explorar uma janela de 100 milhões de anos na historia do cosmos, janela essa que se encontrava anteriormente fora do nosso alcance."
A distancia ao quasar foi determinada a partir de observações obtidas com o instrumento FORS2 montado no telescópio VLT do ESO e instrumentos montados no telescópio Gemini Norte. Uma vez que este objeto é relativamente brilhante, é possível obter um espectro da radiação por ele emitida (o que corresponde a separar a radiação nas suas diversas componentes em função da cor). Esta técnica permitiu aos astrônomos obter muita informação sobre o quasar. Estas observações mostraram que a massa do buraco negro no centro do ULAS J1120+0641 é cerca de dois bilhões de vezes maior que a do Sol. Uma massa tão elevada é difícil de explicar numa época tão primitiva do Universo.
As teorias correntes para o crescimento de buracos negros de massa extremamente elevada predizem um aumento lento da massa à medida que o objeto compacto atrai matéria do seu meio circundante. "Pensamos que existem em todo o céu apenas cerca de 100 quasares brilhantes com desvio para o vermelho maior que 7," conclui Daniel Mortlock, o autor principal do artigo cientifico. "Para encontrar este objeto foi necessária uma busca muito minuciosa e demorada, no entanto valeu bem a pena o esforço, já que agora poderemos compreender melhor alguns dos mistérios do Universo primitivo." Este trabalho foi descrito num artigo cientifico que saira' publicado na revista Nature a 30 de Junho de 2011.
A equipe é composta por Daniel J. Mortlock (Imperial College London [Imperial], Reino Unido), Stephen J. Warren (Imperial), Bram P. Venemans (ESO, Garching, Alemanha), Mitesh Patel (Imperial), Paul C. Hewett (Institute of Astronomy [IoA], Cambridge, Reino Unido), Richard G. McMahon (IoA), Chris Simpson (Liverpool John Moores University, Reino Unido), Tom Theuns (Institute for Computational Cosmology, Durham, Reino Unido e Universidade de Antuerpia, Belgica), Eduardo A. Gonzales-Solares (IoA), Andy Adamson (Joint Astronomy Centre, Hilo, EUA), Simon Dye (Centre for Astronomy and Particle Theory, Nottingham, Reino Unido), Nigel C. Hambly (Institute for Astronomy, Edinburgh, Reino Unido), Paul Hirst (Gemini Observatory, Hilo, EUA), Mike J. Irwin (IoA), Ernst Kuiper (Observatorio de Leiden, Holanda), Andy Lawrence (Institute for Astronomy, Edinburgh, Reino Unido), Huub J. A. Rottgering (Observatorio de Leiden, Holanda). ( Fonte: http://www.eso.org/public/news/eso1122/ ) Ed: JG
Atualmente, é muito mais fácil viajar do que era no passado. As viagens foram facilitadas tanto pelo desenvolvimento de novas tecnologias como pelo aumento do próprio numero de viagens, o que levou a seu barateamento e tornou-as mais acessíveis para grande parte da população.
Antes do advento dos aviões a jato, as viagens aéreas para grandes distancias eram algo penoso, principalmente por conta da pequena autonomia das aeronaves. Em qualquer viagem, mesmo dentro do Brasil, era preciso fazer varias escalas para abastece-las. Hoje, os aviões de passageiros são capazes de viajar mais de 10 mil km sem necessidade de abastecimento. Uma das coisas mais importantes em qualquer viagem é conhecer bem a rota e saber se a está seguindo corretamente.
Desde a antiguidade, o homem criou varias formas de se orientar e encontrar os caminhos certos em suas viagens, que antes de serem simplesmente para as ferias de verão, carregavam a missão de descoberta e exploração. Na direção das estrelas Observar as estrelas foi uma das primeiras formas de orientação usadas pelos viajantes. Ao olharmos para o céu, podemos ver que há uma distribuição regular das estrelas que formam padrões conhecidos como constelações. Elas inspiraram os povos da antiguidade a visualizar representações de animais, deuses, heróis, guerreiros e figuras mitológicas.
Contudo, por mais belas que sejam elas são apenas figuras que imaginamos no céu. As estrelas que constituem uma constelação não têm qualquer ligação física entre si. Elas são identificadas em função do seu brilho, seguindo o alfabeto grego. A mais brilhante é chamada de Alfa, a segunda de Beta, a terceira de Gama etc. Por exemplo, a estrela mais brilhante da constelação do Cruzeiro do Sul (Alfa Crucis, que fica na parte inferior do braço maior) está a cerca de 320 anos-luz de distancia da Terra. A terceira estrela mais brilhante (Gama Crucis, que fica na parte superior do braço maior) está a 88 anos-luz. Embora visualmente pareçam estar próximas, elas estão bem distantes entre si.
Vale explicar que o brilho que observamos nas estrelas está relacionado com a distancia dela em relação à Terra e com a sua luminosidade. Enquanto a Alfa Crucis é 25.000 vezes mais luminosa do que o Sol, a Gama Crucis excede em apenas 1.500 vezes a luminosidade solar. É por isso que mesmo estando mais distante da Terra do que a Gama Crucis, A Alfa Crucis é ainda mais brilhante.
O Cruzeiro do Sul é a menor constelação dentre as 88 catalogadas até hoje. Ela é muita conhecida por nos brasileiros, pois, alem de ser facilmente reconhecida no céu, está presente na bandeira nacional, no brasão de armas nacionais e no emblema do exercito. Nesses símbolos, a estrela Alfa Crucis representa o Estado de São Paulo e a Gama Crucis, a Bahia. O seu braço maior, que é a linha que une essas duas estrelas, aponta para a direção do chamado Polo Sul celeste.
Os navegantes aprenderam a se orientar pelas estrelas reconhecendo as constelações. Em função de suas posições no céu, eles podiam identificar a latitude em que estavam. A longitude podia ser determinada em função da hora em que as estrelas passavam pelo ponto mais alto do céu, chamado de zênite.
Mitos do Sol poente
O advento da bússola foi, sem duvida, um grande avanço em termos de orientação marítima. Ela facilitava as navegações quando não era possível identificar as estrelas ou ver o Sol – quando o céu estava nublado, por exemplo. Contudo, a bússola não indica os pólos geográficos, mas sim os magnéticos. Os dois pólos diferem de acordo com a latitude e longitude.
Na cidade de São Paulo, a diferença entre o pólo geográfico e o magnético é de aproximadamente 20 graus. Na cidade do Rio de Janeiro, é de 22 graus.
Outra forma de orientar as viagens, que finalmente resolveu o problema das navegações de longa distancia, foi a utilização de relógios mecânicos. Como a hora do nascimento do Sol varia de acordo com a longitude – por isso existem os fusos horários –, para determinar a longitude em um ponto, bastava calcular a diferença entre a hora de partida e a hora local, medida, por exemplo, pela altura do Sol. Cada hora de diferença corresponde a 15 graus de longitude para leste ou oeste.
Existe um mito muito corrente, que infelizmente ainda aparece em livros didáticos, de que é possível se orientar pelo nascimento e o por do Sol – acredita-se que o Sol nasce sempre no leste e se Poe sempre no oeste. Isso ocorre de fato somente dois dias no ano, uma vez no dia do inicio da primavera e outra no dia do inicio do outono. Dependendo da latitude em que nos encontramos, a diferença em relação à posição de nascimento e do por do Sol é de dezenas de graus ao longo do ano. No equador, por exemplo, é de 46 graus, enquanto nos círculos polares chega a 180 graus.
No mundo moderno... A melhor tecnologia disponível hoje para determinar a posição exata de um ponto é o GPS – sigla de Global Positioning System. Em português, Sistema de Posicionamento Global. O sistema utiliza satélite com relógios atômicos perfeitamente sincronizados, com precisão de um nano segundo (uma fração de um bilhão de um segundo), o que permite a localização de um objeto com margem de erro de apenas 15 metros.
O GPS é amplamente utilizado em embarcações e aviões. Com o barateamento dessa tecnologia, ficou acessível também para os motoristas de automóveis – custa menos do que algumas centenas de reais. Com o equipamento, é mais fácil navegar pelas ruas e estradas, pois ele permite traçar as rotas mais rápidas ou mais curtas, o que é muito útil nas grandes cidades.
Alem da comodidade, há por trás dessa tecnologia moderna um dos conceitos mais fantásticos desenvolvidos pela física: a relatividade do tempo. Albert Einstein (1879-1955) mostrou, no começo do século 20, que o tempo não só depende do movimento do observador, mas é também influenciado pela forca gravitacional. Um corpo que está mais próximo da superfície da Terra sofre a ação da gravidade mais intensamente do que um satélite que está há milhares de quilômetros de distancia do planeta.
De acordo com a Teoria da Relatividade Geral, por conta da força da gravidade, um corpo com massa gera uma curvatura na estrutura do espaço-tempo – pense como ficaria um lençol esticado se alguém jogasse no meio uma maçã. Como o espaço e o tempo estão interligados, essa curvatura altera o ritmo de passagem do tempo. é claro que esses efeitos são pouco perceptíveis no nosso cotidiano, mas quando é preciso ter uma grande precisão, como é o caso do GPS, eles se tornam fundamentais. Por exemplo, se os relógios atômicos dos satélites utilizados no GPS não fossem calibrados de acordo com os resultados da relatividade geral, haveria um erro acumulativo de cerca de 15 km por dia na marcação das posições.
Ao viajar, seja de avião ou automóvel, contando com as facilidades tecnológicas hoje disponíveis, nem lembramos o quanto já foi difícil fazer viagens e travessias. Mas fato é que o homem, para encontrar o caminho correto – ou o mais rápido – já utilizou as mais diversas estratégias e aparatos, desde as mais simples, como a observação das estrelas, às mais sofisticadas, como o GPS. E nem sequer podemos imaginar o que ainda poderá ser utilizado no futuro.
( Fonte: Adilson de Oliveira / Revista Ciencia Hoje - Fisica sem misterio ) Ed: CE
Uma estrela extraordinariamente brilhante, porem isolada, foi encontrada numa galáxia próxima - a estrela é três milhões de vezes mais brilhante que o Sol. Todas as "super-estrelas" anteriormente descobertas foram encontradas em aglomerados estelares, mas este farol brilha com um esplendor solitário.
A origem desta estrela é misteriosa: será que se formou isolada ou foi ejetada de um aglomerado? Qualquer destas hipóteses põe à prova o conhecimento dos astrônomos sobre a formação estelar. Uma equipe internacional de astrônomos utilizou o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul, ESO, para estudar detalhadamente a estrela VFTS 682 situada na Grande Nuvem de Magalhães, uma pequena galáxia vizinha da Via Láctea.
Ao analisar a radiação da estrela, com o instrumento FLAMES do VLT, descobriu-se que esta estrela possui 150 vezes mais massa do que o Sol. Até agora estrelas como esta só tinham sido encontradas nos centros muito densos de aglomerados estelares, mas a VFTS 682 encontra-se isolada. "Ficamos muito surpreendidos por encontrar uma estrela de tão grande massa isolada, em vez de se encontrar situada num aglomerado estelar rico," diz Joachim Bestenlehner, o autor principal deste novo estudo, estudante do Observatorio Armagh, na Irlanda do Norte. "A sua origem é misteriosa."
Esta estrela foi inicialmente descoberta numa busca efetuada nas estrelas mais brilhantes situadas no interior e em volta da Nebulosa da Tarântula, na Grande Nuvem de Magalhães. A estrela situa-se numa maternidade estelar: uma enorme região de gás, poeira e estrelas jovens, que é, na realidade, a região de formação estelar mais ativa no Grupo Local de galáxias.
Inicialmente pensou-se que a VFTS 682 fosse quente, jovem e brilhante, sem no entanto possuir características especiais. Contudo, este novo estudo feito com o VLT revelou que muita da energia da estrela está a ser absorvida e dispersada por nuvens de poeira antes de chegar à Terra - ou seja, a estrela é na realidade mais brilhante do que o que se pensava anteriormente, encontrando-se mesmo entre as estrelas mais brilhantes conhecidas. A radiação vermelha e infravermelha emitida pela estrela atravessa a poeira, mas a radiação azul e verde, de menor comprimento de onda, é dispersada e consequentemente perdida. O resultado disto é que a estrela aparece-nos mais avermelhada do que é na realidade. Se a víssemos completamente livre de obstruções ela brilharia num tom azul-branco luminoso.
Alem de ser extremamente brilhante, a VFTS 682 é também muito quente, com uma temperatura em sua superfície de cerca de 50.000 Celsius. Estrelas com tão estranhas propriedades podem acabar as suas curtas vidas não apenas como supernovas, como é normal para estrelas de grande massa, mas possivelmente como as mais dramáticas explosões de raios gama de longa duração, as explosões mais brilhantes no Universo.
Embora a VFTS 682 pareça estar atualmente sozinha, não se encontra muito afastada do aglomerado estelar muito rico RMC 136 (muitas vezes chamado apenas R 136), que contem varias "super-estrelas" semelhantes. "Os novos resultados mostram que a VFTS 682 é praticamente idêntica a uma das super-estrelas mais brilhantes situada no coração do aglomerado estelar R 136," acrescenta Paco Najarro, outro membro da equipa do CAB (INTA-CSIC, Espanha).
Será possível que a VFTS 682 tenha sido formada neste aglomerado e posteriormente ejetada? Tais "estrelas fugitivas" são conhecidas dos astrônomos, mas todas as que se conhecem são menores que a VFTS 682. Seria por isso interessante descobrir como é que uma estrela de tão grande massa poderia ser lançada para fora do aglomerado por interações gravitacionais.
"Parece mais fácil formar as estrelas maiores e mais brilhantes no interior de aglomerados estelares ricos," acrescenta Jorick Vink, outro membro da equipe. " E embora seja possível, é muito mais difícil compreender como é que estes faróis brilhantes se formam sozinhos. O que torna a VFTS 682 verdadeiramente fascinante." ( Fonte: http://www.eso.org/public/brazil/news/eso1117/ ) Ed: JG
Os astrônomos do Observatório Europeu do Sul, ESO, utilizaram o instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2.2 metros para obter uma nova imagem de NGC 6744.
Esta impressionante galáxia espiral situa-se a cerca de 30 milhões de anos-luz de distancia na constelação austral do Pavão. A imagem poderia ser um cartão postal da nossa Via Láctea enviado por um amigo extragaláctico, uma vez que esta galáxia é muito semelhante à nossa.
Na imagem se vê a NGC 6744 quase de face, o que significa que podemos observar a estrutura da galáxia como se voássemos por cima dela. Se tivéssemos tecnologia suficientemente avançada para escapar da Via Láctea e a pudéssemos observar a partir do espaço intergaláctico, veríamos algo semelhante ao observado nesta imagem - braços em espiral entrelaçados em volta de um núcleo denso e alongado e de um disco de poeira. Existe inclusive uma galáxia companheira distorcida - NGC 6744A, que aparece como uma mancha difusa por baixo e à direita da NGC 6744, que nos faz claramente lembrar uma das vizinhas Nuvens de Magalhães da Via Láctea.
Umas das diferenças entre a NGC 6477 e a Via Láctea é o tamanho. Enquanto que a nossa galáxia mede aproximadamente 100 000 anos-luz de um lado ao outro, a galáxia aqui apresentada estende-se até quase o dobro deste tamanho. No entanto, a NGC 6744 da-nos a idéia de como um observador distante podia ver a nossa casa galáctica.
Este objeto é uma das galáxias espirais maiores e mais próximas. Embora tenha brilho de cerca de 60 milhões de sois, a sua luz estende-se ao longo de uma grande área no céu - cerca de dois terços da largura da Lua Cheia, fazendo com que esta galáxia vista através de um telescópio pequeno apareça como um centro brilhante rodeado por uma neblina difusa. Mesmo assim, é um dos objetos mais bonitos do céu austral, identificado pelos astrônomos amadores como uma forma oval contrastando com um pano de fundo rico em estrelas.
Com telescópios profissionais tais como o MPG/ESO de 2.2 metros em La Silla, que obteve esta imagem, a NGC 6744 pode ser observada em todo o seu esplendor. Os braços em espiral com poeira abrigam muitas regiões de formação estelar brilhantes (vistas em vermelho) dando a esta galáxia semelhante à Via Láctea a sua forma espiral bem característica.
Esta imagem foi captada pelo instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2.2 metros no Observatório de La Silla do ESO, no Chile. Esta imagem foi compostas através de varias imagens obtidas por quatro filtros diferentes nas radiações azul, amarelo/verde, vermelho e brilho emitido pelo gás de hidrogênio. Na figura as diferentes exposições são mostradas em azul, verde, laranja e vermelho, respectivamente. ( Fonte: http://www.eso.org/public/brazil/news/eso1118/ ) Ed: JG
Se você sonhava em ser astronauta quando criança e nunca chegou nem perto de realizar esse desejo, não fique triste. Você ainda pode observar as estrelas e aprender muito sobre o céu daqui da Terra mesmo. A astronomia amadora é uma atividade que encanta e reúne muitos adeptos que trocam informações por meio de encontros, sites e boletins informativos.
A primeira dica para começar a observar o céu é justamente entrar em contato com esses astrônomos amadores. "Procure um clube ou associação de astronomia em sua cidade", diz o físico Jorge Honel, responsável pelo setor de astronomia do Centro de Divulgação Cientifica e Cultural do campus de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP). O contato com outros aficionados por astros e estrelas vai facilitar a vida de quem está dando os primeiros passos.
Outra dica é comprar um atlas celeste e um binóculo bom, diz o geofísico e astrônomo amador Rogério Marcon, do Instituto de Física da Universidade de Campinas (Unicamp). O ideal é comprar um equipamento com sete vezes de aumento e 50 mm de abertura, que custa entre R$ 300 a R$ 400. É importante também ir para lugares afastados da cidade, longe da poluição atmosférica e das luzes das metrópoles. Com ele, você pode fazer suas primeiras observações.
O passo seguinte, se você curtir a brincadeira, é adquirir um telescópio. "O ideal mesmo é fazer o seu, é mais barato e fica melhor que os prontos", diz Marcon. Algumas lojas vendem kits para montagem. Mas, se você for muito habilidoso, pode comprar as pecas e montar um telescópio do zero.
Se você não quiser por a mão na massa, pode comprar um pronto. Antes de sair torrando seu 13º, porem, fique atento para algumas dicas fornecidas pela loja especializada Astro Shop: - não compre um modelo baratinho só para ver como funciona e fazer um upgrade caso goste do novo hobby. Você vai acabar frustrado e terá que gastar mais dinheiro com um modelo melhor, se for levar a atividade adiante. - Também não é preciso comprar um top de linha. Existem modelos de telescópios a preços acessíveis que podem mostrar os anéis de Saturno e detalhes da Lua, por exemplo. Tudo depende do quanto você quer e pode gastar.
Segundo o físico Jorge Honel, é possível comprar um bom telescópio de iniciante por cerca de R$ 2.000. Comprar um kit para montar seu telescópio sai mais barato, cerca de R$ 300 a R$ 800. - Você tem muito dinheiro sobrando? Sorte sua, mas mesmo assim pense duas vezes antes de comprar um modelo muito grande. Normalmente eles são difíceis de manusear e requerem uma instalação cara.
Depois de comprado seu equipamento, você pode incrementá-lo com acessórios como lentes oculares mais sofisticadas, que vão melhorar a nitidez das imagens; lentes para ampliação; sistemas de motorização, que acompanham automaticamente o movimento do corpo celeste e filtros para observar o Sol e a Lua.
Fonte: Juliana Tiraboschi / Redação Yahoo Brasil Ed: CE
O Dr. Brad Carter, professor de Física da Universidade Southern Queensland, na Austrália esboçou o cenário para news.com.au. Betelgeuse, uma das estrelas mais brilhantes, está perdendo massa, indicando esta tendo um colapso. Ela poderia ficar sem energia e se transformar numa supernova a qualquer momento.
“Quando isso acontecer, pelo menos por algumas semanas, veremos um segundo sol”, disse o Dr Carter. “E também, talvez não tenhamos a escuridão da noite durante este período”.
Este cenário estilo Star Wars pode acontecer em 2012, diz o Dr Carter, ou poderia durar mais. A explosão poderia causar ao invés de uma supernova, uma estrela de nêutrons, ou a formação de um buraco negro 1300 anos luz da Terra, como dito pelo news.com.au.
Mas os mensageiros do apocalipse devem tomar cuidado com as especulações nesse caso. Se a estrela se tornar uma supernova, a Terra será banhada com partículas inofensivas de acordo com o Dr Carter. “Elas passarão pela Terra e por incrível que pareça, mesmo com a supernova que veremos iluminar o céu a noite, 99% da energia da supernova será liberada nessas partículas que virão e passarão por nossos corpos e pela Terra, causando absolutamente dano nenhum”, disse ele ao news.com.au.
De fato um banho de neutrinos pode ser benéfico para a Terra. De acordo com o Dr Carter esse “material estelar” é a matéria-prima do universo. “Isto literalmente produz coisas como ouro, prata e todos os elementos pesados, até mesmo coisas como urânio. Uma estrela como Betelgeuse está instantaneamente formando para nós todos os tipos de elementos e átomos pesados, que o nosso planeta e nossos corpos têm adquiridas de outras supernovas no passado.”
Nota: Para esclarever, o este artigo do news.com.au não disse que um banho de neutrinos poderia ser benéfico para a Terra, mas indicar que uma supernova poderia ser benéfico, ou seja, “longe de ser um sinal do apocalipse, de acordo com o Dr Carter uma supernova poderia dar à Terra elementos necessários à sobreviência e à continuidade.
Fonte: http://www.huffingtonpost.com/2011/01/20/two-suns-twin-stars_n_811864.html
Betelgeuse é uma estrela supergigante vermelha, é uma das mais brilhantes que nós conhecemos. Ela é a segunda estrela mais brilhante da constelação de Orion e a nona mais blilhante em todo o céu. É tão grande que se estivesse no centro de nosso sistema solar, sua superfície estaria entre as órbitas de Marte e Júpiter. Esperemos que essa belezinha vire uma supernova mesmo. Uma estrela de nêutrons ou um buraco negro, estaria perto o suficiente pra fazer alguns estragos a longo prazo. Uma coisa que me ocorreu agora. Uma supernova não emitiria radiação gama? Se sim, não passaríamos tão incólumes assim quanto o Dr Carter sugere.
É possível que planeta tenha altas quantidades de grafite, diamante e outras formas não conhecidas de carbono.
Uma equipe de cientistas da Universidade de Princeton, dos Estados Unidos, descobriu que o planeta WASP-12b, um dos exoplanetas mais quentes já descobertos, tem uma relação carbono-oxigênio maior que a vista no nosso sistema solar, segundo informou a revista britanica Nature. Os especialistas chegaram a essa conclusão apos analisar a luz que o planeta reflete. WASP-12b orbita uma estrela ligeiramente mais quente que o Sol a uma distância quarenta vezes mais próxima que aquela que a Terra tem do Sol, por isso é considerado um dos exoplanetas mais quentes conhecidos até o momento, com uma temperatura de superfície de 2.200ºC, mostra o estudo.
"Esse planeta revela a impressionante diversidade de mundos que há lá fora", disse Nikku Madhusudhan, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. "Planetas ricos em carbono podem ser exóticos de todas as formas - formação, interior e atmosfera." é possível que o planeta tenha altas quantidades de grafite, diamante e ainda outras formas não conhecidas de carbono em seu interior.
"Esse planeta revela a impressionante diversidade de mundos que há lá fora", disse Nikku Madhusudhan, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. "Planetas ricos em carbono podem ser exóticos de todas as formas - formação, interior e atmosfera." é possível que o planeta tenha altas quantidades de grafite, diamante e ainda outras formas não conhecidas de carbono em seu interior.
Até o momento, astrônomos não têm a tecnologia para observar o interior dos exoplanetas (ou planetas que orbitam outras estrelas que não o Sol), mas suas teorias trazem possibilidades intrigantes. O planeta Terra tem muitas rochas, como o quartzo, que são feitas de sílica, oxigênio e outros elementos. Mas planeta onde o carbono fosse predominante seria um lugar muito diferente. "Um planeta terra com carbono predominante teria muitas rochas de puro carbono, como o diamante ou grafite", disse Joseph Harrington, responsável pela pesquisa. Isso significa que, nesse mundo o diamante não seria uma pedra preciosa. O carbono é um componente comum nos sistemas planetários e um ingrediente chave para a vida na Terra. Astrônomos muitas vezes medem a relação carbono-oxigênio para ter uma idéia da composição química dos astros. ( Fonte: Jornal da Ciência- SBPC baseado em artigo do Estado de SP ) Ed: SCA
Um exemplo de como a ciência da computação pode fornecer ferramentas para o compartilhamento e visualização de dados científicos é o WorldWide Telescope (WWT), serviço desenvolvido pela Microsoft Research que permite explorar virtualmente o Sistema Solar.
A gerente sênior do Programa de Pesquisa da MSR, Yan Xu, apresentou o WWT durante o Workshop de Ciência Ambiental, promovido pelo Instituto Virtual de Pesquisas FAPESP-Microsoft Research na sede da FAPESP, em novembro. O WWT é uma ferramenta que, uma vez instalada, permite que o computador pessoal funcione como um telescópio virtual, reunindo imagens obtidas por observatórios e telescópios na Terra e no espaço. "A astronomia lida com instrumentos que captam imensas quantidades de dados – da ordem de petabytes [quatrilhões de bytes]. Quando se obtém dados nessa taxa é preciso pensar em como utiliza-los. Trata-se de um problema devido à imensa quantidade de dados de fontes heterogêneas. Os observatórios virtuais foram concebidos como uma solução para essa questão", afirmou.
Com os observatórios virtuais, segundo Yan, é possível transmitir e distribuir o acesso a esses dados, permitindo o desenvolvimento de padrões de interoperacionalidade e a utilização de ferramentas amigáveis para exploração das informações. "O WWT acaba fazendo muito mais do que telescópios individuais, porque agrega os dados obtidos por eles em uma interface amigável. Estamos traduzindo o conteúdo para diversas línguas e colocando 'a disposição dos usuários informações segregadas, com visualização das imagens e acesso detalhado aos dados que estão por trás delas", explicou.
A cientista conta que o WWT já possibilitou novas descobertas, ao disponibilizar o acesso a dados de objetos astronômicos que haviam sido registrados nas imagens, mas que não haviam sido descritos. "O sistema permite também produzir animações e visualizar a conformação do céu em datas passadas. A partir dos dados em alta resolução, pudemos produzir também animações com imagens da Terra que mostravam, por exemplo, a dinâmica da vegetação em determinada região, ou os dados sobre áreas de inundação na Florida em um determinado período, a partir dos relatórios enviados por moradores", disse.
A experiência, afirma, poderia ser reproduzida para outros tipos de informação, como aquelas relacionadas à ciência ambiental, que também lida com uma vasta quantidade de dados heterogêneos de diferentes fontes. "Sabemos que não será fácil reproduzir o sucesso do WWT, mas esse será o desafio. Alem dos usos científicos, vemos nesse tipo de ferramenta uma função importante na divulgação da ciência, porque torna os dados acessíveis para as pessoas comuns e para fins pedagógicos. Isso terá um impacto importante, no caso do meio ambiente, para a conscientização dos gestores e para influenciar as políticas publicas", disse.
WorldWide Telescope: www.worldwidetelescope.org
( Fonte: por Fabio de Castro - Agencia FAPESP ) Ed: GMM
A vida como a conhecemos é extremamente diversificada e adaptável, permitindo que organismos existam em alguns dos lugares mais inóspitos do planeta. Mas a "vida" tende a se basear em uma matriz, recombinando seis elementos básicos e deixando aberta a possibilidade de outras combinações que compõem tipos totalmente diferentes de atividades biológicas.
A vida como a conhecemos pode não ser tudo o que existe, tanto para a biologia terrestre ou extraterrestre. Essa possibilidade parece agora mais promissora à luz de um novo estudo sobre uma bactéria isolada do lago Mono, na Califórnia, que usa arsênico, geralmente venenoso à vida, como um dos seus principais nutrientes.
O microrganismo pode até levar o arsênico às suas biomoléculas, substituindo o fósforo como elemento estrutural no DNA e, possivelmente, em moléculas de transporte de energia, como trifosfato de adenosina (ATP). O estudo foi publicado on-line no dia 2 de dezembro na revista Science. "Isso é um verdadeiro avanço, uma verdadeira surpresa para mim", exulta o co-autor do estudo Ronald Oremland, geomicrobiólogo do U.S. Geological Survey (USGS), em Menlo Park, Califórnia. "Temos um novo elemento no grupo dos seis que, pelo menos para esse organismo, pode sustentar a vida." O padrão dos seis elementos são carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre.
Oremland havia descoberto no lago Mono bactérias hipersalinas ricas em arsênico que usam o elemento nas reações de fotossíntese ou respiração, mas ninguém havia demonstrado a absorção do elemento para uso interno celular. Ele explica que continuou estudando com a companheira e geomicrobióloga Felisa Wolfe-Simon, primeira autora do novo estudo, que levantou uma questão interessante: e se o arsênico, na forma do íon arseniato, legendar íons de fosfato no interior celular? Afinal, o arsênico é o vizinho de baixo do fósforo na tabela periódica dos elementos, e fosfato e arsenato são primos químicos.
Oremland inicialmente não acreditou na idéia de Felisa. "Olhei para ela como se fosse maluca", diz ele. Mas Felisa e seus colegas continuaram a desenvolver a hipótese e, no inicio do ano, junto com Oremland, obtiveram uma bolsa de estudos em exobiologia pela Nasa. Com os estudos, descobriram que a bactéria se desenvolve melhor com fósforo, porem cresce muito bem com arsênico. "Continuávamos dizendo que isso não poderia ser real, que deveria estar faltando alguma coisa", relata Oremland. Mas depois de um conjunto de alta tecnologia de espectroscopia, analises de raio-x, marcadores de radioisótopos, espectroscopia de massa, os pesquisadores descobriram que arsenato era de fato incorporado as biomoléculas, incluindo a estrutura do DNA, espaço habitualmente ocupado por fosfato.
O "porquê" de essa bactéria ter uma propensão para o arsênico ainda não está claro. Talvez algumas formas de vida tenham, evoluído em ambiente rico em arsênico e depois migraram para uma região mais típica da Terra, onde o fósforo é muito mais abundante. "A vida poderia ter sido adaptada para o uso de arsênico e/ou fósforo," diz Oremland.
Antes da publicação do estudo, circulou uma especulação desenfreada através do Twitter e na blogosfera, por causa de um comunicado de imprensa da Nasa prometendo uma entrevista coletiva para "discutir um achado da exobiologia que teria impacto na busca por evidencias de vida extraterrestre". Um blog popular, kottke.org, provocou frenesi com a manchete "A Nasa descobriu vida extraterrestre?". Alguns, sem duvida, devem estar decepcionados com a resposta a essa questão e pela natureza francamente terrestre dos novos resultados. Mas a pesquisa não deixa de ter implicações para a miríade de tipos de vida que exobiólogos algum dia encontrarão no Sistema Solar ou fora dele.
Esse estudo evidencia o fato de como a vida pode ser adaptável e como deveríamos esperar o inesperado. Se olharmos para outros lugares, como os lagos de hidrocarbonetos de Titã ou os desertos de Marte, realmente não devemos subestimar a capacidade de vida adaptada a esse lugares.
( Fonte: por John Matson - SCIAM Brasil ) Ed: GMM
O pais terá, no ano que vem, 2011, o seu primeiro centro de astrobiologia, área que estuda a origem, a evolução e a distribuição da vida no Universo, inclusive fora da Terra.
O espaço ficará em Valinhos, no interior de São Paulo, e aproveitará a infraestrutura do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. Lá, num terreno com cerca de 1 milhão de m2, que inclui áreas com reserva florestal, está sendo reformado um prédio com aproximadamente 800 m2 para abrigar os laboratórios de astrobiologia.
Inicialmente, serão inauguradas apenas algumas maquinas. Uma delas é uma câmara de simulação. Nela, será possível testar a sobrevivência de organismos, como bactérias, em situações que imitam ambientes extraterrestres equivalentes à nossa Lua ou a Titã (lua de Saturno que, acredita-se, pode ter condições favoráveis à química necessária para a vida).
O dinheiro, cerca de R$ 1,5 milhão- é de instituições de apoio como o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico) e a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Isso alem do apoio do Inespaço, um dos INCTs (Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia) criados recentemente pelo governo federal.
Com o centro em funcionamento, e com mais recursos entrando, serão comprados os equipamentos mais complexos. "Cada brinquedinho desses custa uns US$ 200 mil", conta Douglas Galante, astrobiologo que está envolvido no projeto de Valinhos. O Brasil já tem cientistas que trabalham com astrobiologia e com a correlata astroquímica, mas ainda não tem um lugar que reúna equipamentos para pesquisas, como acontecerá em Valinhos. Na maioria das vezes, os pesquisadores tem de usar laboratórios de fora do pais ou o acelerador de partículas do LNLS (Laboratório Nacional de Luz Sincrotron), que fica em Campinas.
Talvez por isso, hoje só há dois grupos "oficiais" nessas duas áreas cadastradas no CNPq (numa base de dados com 26 mil grupos do pais). Um deles- de astroquímica- é coordenado por André Silva Pimentel, na PUC-RJ (Pontifícia Universidade Catolica do Rio de Janeiro). Lá, ele estuda as reações químicas que acontecem na atmosfera dos planetas e no meio interestelar. O outro grupo, de astrobiologia, do qual Galante faz parte na USP, inclui até analise de dados obtidos em Titá. Em um dos seus trabalhos, Galante coleta organismos e os testa em condições similares às extraterrestres. Foi mais ou menos isso que fizeram os pesquisadores da Nasa, cuja descoberta de uma bactéria que sobrevive sem fósforo foi anunciada na ultima quinta-feira (2/12). Na América Latina, só existe um centro de astrobiologia até hoje, que fica na Colômbia. Lá, pesquisadores estão estudando bactérias do rio Tinto capazes de sobreviver nas condições adversas do planeta vermelho.
Faltam alunos que se interessem pela área, de acordo com André Silva Pimentel, da PUC-RJ, há dificuldade para atrair alunos de química à astronomia. "A astroquímica é uma área interdisciplinar e os alunos preferem pesquisa experimental", diz o cientista. A falta de interesse se deve também à escassez de estrutura para pesquisa nessas áreas. "Parece que o estudo do Sistema Solar ainda não é foco do pais", afirma ele. "é mais fácil achar químicos interessados em problemas cotidianos, como poluição ambiental", completa. A expectativa é que o anuncio da bactéria com DNA "ET" feito pela Nasa atraia mais estudantes- e recursos- para astroquímica e para a astrobiologia. "Esse foi um dos objetivos da Nasa ao fazer barulho na divulgação da bactéria", diz Douglas Galante, da USP.
( Fonte: Sabine Righetti / Folha de SP ) Ed: CE
Inicialmente, serão inauguradas apenas algumas maquinas. Uma delas é uma câmara de simulação. Nela, será possível testar a sobrevivência de organismos, como bactérias, em situações que imitam ambientes extraterrestres equivalentes à nossa Lua ou a Titã (lua de Saturno que, acredita-se, pode ter condições favoráveis à química necessária para a vida).
O dinheiro, cerca de R$ 1,5 milhão- é de instituições de apoio como o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico) e a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Isso alem do apoio do Inespaço, um dos INCTs (Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia) criados recentemente pelo governo federal.
Com o centro em funcionamento, e com mais recursos entrando, serão comprados os equipamentos mais complexos. "Cada brinquedinho desses custa uns US$ 200 mil", conta Douglas Galante, astrobiologo que está envolvido no projeto de Valinhos. O Brasil já tem cientistas que trabalham com astrobiologia e com a correlata astroquímica, mas ainda não tem um lugar que reúna equipamentos para pesquisas, como acontecerá em Valinhos. Na maioria das vezes, os pesquisadores tem de usar laboratórios de fora do pais ou o acelerador de partículas do LNLS (Laboratório Nacional de Luz Sincrotron), que fica em Campinas.
Talvez por isso, hoje só há dois grupos "oficiais" nessas duas áreas cadastradas no CNPq (numa base de dados com 26 mil grupos do pais). Um deles- de astroquímica- é coordenado por André Silva Pimentel, na PUC-RJ (Pontifícia Universidade Catolica do Rio de Janeiro). Lá, ele estuda as reações químicas que acontecem na atmosfera dos planetas e no meio interestelar. O outro grupo, de astrobiologia, do qual Galante faz parte na USP, inclui até analise de dados obtidos em Titá. Em um dos seus trabalhos, Galante coleta organismos e os testa em condições similares às extraterrestres. Foi mais ou menos isso que fizeram os pesquisadores da Nasa, cuja descoberta de uma bactéria que sobrevive sem fósforo foi anunciada na ultima quinta-feira (2/12). Na América Latina, só existe um centro de astrobiologia até hoje, que fica na Colômbia. Lá, pesquisadores estão estudando bactérias do rio Tinto capazes de sobreviver nas condições adversas do planeta vermelho.
Faltam alunos que se interessem pela área, de acordo com André Silva Pimentel, da PUC-RJ, há dificuldade para atrair alunos de química à astronomia. "A astroquímica é uma área interdisciplinar e os alunos preferem pesquisa experimental", diz o cientista. A falta de interesse se deve também à escassez de estrutura para pesquisa nessas áreas. "Parece que o estudo do Sistema Solar ainda não é foco do pais", afirma ele. "é mais fácil achar químicos interessados em problemas cotidianos, como poluição ambiental", completa. A expectativa é que o anuncio da bactéria com DNA "ET" feito pela Nasa atraia mais estudantes- e recursos- para astroquímica e para a astrobiologia. "Esse foi um dos objetivos da Nasa ao fazer barulho na divulgação da bactéria", diz Douglas Galante, da USP.
( Fonte: Sabine Righetti / Folha de SP ) Ed: CE
RIO - O superacelerador de partículas Grande Colisor de Hádron (LHC, na sigla em inlgês), localizado na fronteira entre a França e a Suíça, conseguiu recriar com sucesso mini-Big Bangs, provocando a colisão de íons em vez de prótons. Os cientistas que trabalham na máquina conseguiram alcançar as inéditas condições para a experiência no último domingo. A experiência recriou temperaturas um milhão de vezes mais elevadas que aquelas registradas no centro do Sol e atingiu 10 trilhões de graus Celsius, sendo a temperatura mais elevada já atingida em experiências feitas pelo homem. O LHC é constituído de um túnel circular subterrâneo de 27 quilômetros. Antes, os cientistas conseguiam apenas colidir prótons.
A ideia da construção do acelerador, coordenado pela Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, é provocar a colisão de partículas para recriar as condições registradas no início da formação do Universo, logo após o Big Bang. Cientistas acreditam que estudando as partículas resultantes dessas colisões será possível entender, entre diversas outras coisas, como a matéria se formou no Universo.
Durante quatro semanas, cientistas do LHC vão se concentrar em analisar os dados obtidos pela colisão de íons de chumbo. Dessa maneira, eles esperam aprender mais sobre o plasma que deu origem ao Universo, um milionésimo de segundo após o Big Bang, há 13,7 bilhões de anos.
- Estamos muito empolgados com essa façanha - disse David Evans, da Universidade de Birmingham, responsável pelo sistema criado especificamente para colidir íons de chumbo. - Esse processo foi feito com total segurança em um ambiente controlado, gerando bolas de fogo incrivelmente quentes e densas, com temperaturas acima de 10 trilhões de graus Celsius, um milhão de vezes mais quente que o centro da Terra. Nessas temperaturas, até mesmo prótons e nêutrons derretem, resultando em uma densa sopa de (partículas) quarks e glúons, conhecida como plasma quark-íon - explicou.
Prioridade é a 'partícula de Deus'
Os cientistas esperam que o LHC lance luz sobre grandes mistérios do Universo. A principal motivação é identificar o Bóson de Higgs, também conhecido como "partícula de Deus". Proposto em 1964 pelo escocês Peter Higgs, o bóson seria o responsável por dotar de massa tudo o que existe no Universo, transformando gases em galáxias, estrelas e planetas. A partícula também possibilitaria o surgimento da vida na Terra e, talvez, em outros locais do cosmos. Por isso há tanta expectativa de que o LHC forneça provas de sua existência.
Outra missão do Cern é encontrar evidências relacionadas à matéria escura, ou invisível, que seria responsável por cerca de 25% da massa do Universo. Apenas 5% do Cosmos reflete luz. Espera-se, ainda, que o LHC, em seus estimados 20 anos de vida, encontre provas reais da existência de energia escura, que representaria os 70% restantes do Universo.
Saiba mais:
Acelerador de partículas cria explosão inédita e consegue simular o Big Bang
Publicada em 08/11/2010 às 18h07m
Fonte: O Globo
Durante quatro semanas, cientistas do LHC vão se concentrar em analisar os dados obtidos pela colisão de íons de chumbo. Dessa maneira, eles esperam aprender mais sobre o plasma que deu origem ao Universo, um milionésimo de segundo após o Big Bang, há 13,7 bilhões de anos.
- Estamos muito empolgados com essa façanha - disse David Evans, da Universidade de Birmingham, responsável pelo sistema criado especificamente para colidir íons de chumbo. - Esse processo foi feito com total segurança em um ambiente controlado, gerando bolas de fogo incrivelmente quentes e densas, com temperaturas acima de 10 trilhões de graus Celsius, um milhão de vezes mais quente que o centro da Terra. Nessas temperaturas, até mesmo prótons e nêutrons derretem, resultando em uma densa sopa de (partículas) quarks e glúons, conhecida como plasma quark-íon - explicou.
Prioridade é a 'partícula de Deus'
Os cientistas esperam que o LHC lance luz sobre grandes mistérios do Universo. A principal motivação é identificar o Bóson de Higgs, também conhecido como "partícula de Deus". Proposto em 1964 pelo escocês Peter Higgs, o bóson seria o responsável por dotar de massa tudo o que existe no Universo, transformando gases em galáxias, estrelas e planetas. A partícula também possibilitaria o surgimento da vida na Terra e, talvez, em outros locais do cosmos. Por isso há tanta expectativa de que o LHC forneça provas de sua existência.
Outra missão do Cern é encontrar evidências relacionadas à matéria escura, ou invisível, que seria responsável por cerca de 25% da massa do Universo. Apenas 5% do Cosmos reflete luz. Espera-se, ainda, que o LHC, em seus estimados 20 anos de vida, encontre provas reais da existência de energia escura, que representaria os 70% restantes do Universo.
Saiba mais:
Acelerador de partículas cria explosão inédita e consegue simular o Big Bang
Publicada em 08/11/2010 às 18h07m
Fonte: O Globo
A busca por planetas parecidos com a Terra tem tudo para se mostrar altamente frutífera.
Um novo estudo aponta que sistemas como o Solar são comuns e que quase um quarto de todas as estrelas como o Sol, podem ter planetas de tamanho semelhante ao da Terra. Andrew Howard, da Universidade da Califórnia em Berkeley nos Estados Unidos e colegas observaram durante cinco anos 166 estrelas das classes G e K localizadas a até 80 anos-luz da Terra, com o telescopio Keck, no Havaí. O Sol é a mais conhecida estrela do tipo G, que são amarelas. As estrelas do tipo K são um pouco menores e laranja ou vermelhas.
O estudo procurou determinar número, massa e distancia orbital dos planetas dessas estrelas. O trabalho se baseou em observações e estimativas, uma vez que das estrelas analisadas apenas 22 tem planetas que já foram detectados.
A pesquisa, feita por um grupo de cientistas dos Estados Unidos, China e Japão, incluiu um grande número de pequenos planetas, até o menor tamanho detectável atualmente de corpos chamados de super-Terra, com cerca de três vezes a massa terrestre. "De cada 100 estrelas parecidas com o Sol, uma ou duas tem planetas com massa semelhante à de Júpiter, seis parecidas com a de Netuno e 12 tem entre três e dez vezes a massa terrestre. Se extrapolarmos a relação para planetas do tamanho da Terra, podemos estimar que encontraremos cerca de 23 deles para cada 100 estrelas", disse Howard.
"Essa é a primeira estimativa, baseada em medidas reais, da fração de estrelas que tem planetas do tamanho da Terra", destacou Geoffrey Marcy, também de Berkeley e outro autor do estudo que foi publicado na edição desta sexta-feira (29/10) da revista Science. "Isso significa que quando a Nasa, agencia espacial norte-americana, desenvolver novas técnicas na próxima década para tentar encontrar planetas com tamanho realmente parecido com o da Terra não será preciso procurar muito", disse Howard.
O artigo The Occurrence and Mass Distribution of Close-in Super-Earths, Neptunes, and Jupiters, de Andrew Howard e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org. ( Fonte: Agencia FAPESP ) Ed: SCA
O estudo procurou determinar número, massa e distancia orbital dos planetas dessas estrelas. O trabalho se baseou em observações e estimativas, uma vez que das estrelas analisadas apenas 22 tem planetas que já foram detectados.
A pesquisa, feita por um grupo de cientistas dos Estados Unidos, China e Japão, incluiu um grande número de pequenos planetas, até o menor tamanho detectável atualmente de corpos chamados de super-Terra, com cerca de três vezes a massa terrestre. "De cada 100 estrelas parecidas com o Sol, uma ou duas tem planetas com massa semelhante à de Júpiter, seis parecidas com a de Netuno e 12 tem entre três e dez vezes a massa terrestre. Se extrapolarmos a relação para planetas do tamanho da Terra, podemos estimar que encontraremos cerca de 23 deles para cada 100 estrelas", disse Howard.
"Essa é a primeira estimativa, baseada em medidas reais, da fração de estrelas que tem planetas do tamanho da Terra", destacou Geoffrey Marcy, também de Berkeley e outro autor do estudo que foi publicado na edição desta sexta-feira (29/10) da revista Science. "Isso significa que quando a Nasa, agencia espacial norte-americana, desenvolver novas técnicas na próxima década para tentar encontrar planetas com tamanho realmente parecido com o da Terra não será preciso procurar muito", disse Howard.
O artigo The Occurrence and Mass Distribution of Close-in Super-Earths, Neptunes, and Jupiters, de Andrew Howard e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org. ( Fonte: Agencia FAPESP ) Ed: SCA
magina um forno desses em casa?
Brincadeiras a parte, o vídeo é bem legal! Mostra como um conjunto de lentes pode ser projetado para concentrar a luz solar e produzir um \"raio\" de altíssima energia. A idéia é bastante antiga, lembro-me do meu pai brigando comigo quando eu era criança, pois vivia tentando colocar fogo em todos os papeis que pegava, com a minha lente de aumento. Surpreendo-me que esse tipo de forno ainda não tenha sido usado em indústrias. Certo, você não conseguiria usa-lo num dia de chuva, teria que ter um terreno próprio para a construção desse conjunto de lentes. Mas será que a economia de energia elétrica ou economia de combustível não justificaria o investimento num projeto desses? Talvez faltasse o empurrão da cultura do desenvolvimento sustentável para que se cogitasse e se investisse em tecnologias como essa.
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- A organização Observatório Europeu Austral, ESO, divulgou uma nova imagem espetacular da NGC 300, uma galáxia espiral semelhante com a Via Láctea, localizada próxima de nós no Grupo de Galáxias de Sculptor (o Escultor).
Obtida com o instrumento Wide Field Imager (WFI), no Observatório de La Silla do ESO, no Chile, esta imagem, adquirida num total de tempo de exposição de 50 horas, revela a estrutura da galáxia com grande detalhe. A NGC 300 está localizada a seis milhões de anos-luz de distância e o seu tamanho aparente é de dois terços do tamanho da Lua Cheia no céu.
Descoberta originalmente na Austrália pelo astrônomo escocês James Dunlop no inicio do século XIX, a NGC 300 é uma das galáxias espirais mais próximas e proeminentes do céu austral. É suficientemente brilhante para ser observada com binóculos. Pertence à constelação do Escultor, constelação essa que tem poucas estrelas brilhantes, mas alberga uma coleção de galáxias próximas que formam o Grupo de Sculptor. Outros membros deste Grupo têm sido observados por telescópios do ESO, particularmente as NGC 55, NGC 253 e NGC 7793.
A maior parte das galáxias apresenta sempre alguma peculiaridade, porem, a NGC 300 parece ser completamente normal, o que a torna no exemplo ideal para os astrônomos estudarem a estrutura e o conteúdo de galáxias espirais como a nossa. Esta imagem obtida com o instrumento Wide Field Imager (WFI), no Observatório de La Silla do ESO, no Chile, é uma composição de varias imagens obtidas com um amplo conjunto de diferentes filtros, num total de tempo de exposição de 50 horas.
Os dados foram adquiridos durante muitas noites ao longo de varios anos. O objetivo principal desta extensa campanha observacional era obter um recenseamento bastante completo das estrelas nesta galáxia, contando tanto o numero como a variedade de estrelas e determinando regiões ou apenas estrelas individuais que necessitem de pesquisa mais focalizada e aprofundada. Mas tal coleção, extremamente rica em dados, irá certamente ter muitos outros usos nos próximos anos.
Ao observarmos a galáxia através de filtros que isolam especificamente a radiação emitida pelo hidrogênio e o oxigênio, as inúmeras regiões de formação estelar ao longo dos braços espirais da NGC 300 podem ser observadas na imagem com extrema nitidez, apresentando-se como nuvens vermelhas e cor-de-rosa.
Com o seu enorme campo de visão, de 34 por 34 minutos de arco, correspondente ao tamanho aparente da Lua Cheia no céu, o WFI é a ferramenta ideal para os astrônomos estudarem extensos objetos como a NGC 300.
A NGC 300 alberga também muitos fenômenos astronômicos interessantes que têm sido estudados com os telescópios do ESO. Os astrônomos do ESO descobriram recentemente nesta galáxia o buraco negro estelar mais distante e de maior massa encontrado até hoje, num sistema binário tendo como companheira uma estrela Wolf-Rayet quente e brilhante.
A NGC 300 e outra galáxia, a NGC 55, se encontram em rotação lenta na direção e em torno uma da outra, na primeira fase do longo processo de fusão. A melhor estimativa atual da distancia à NGC 300 foi igualmente determinada por astrônomos que utilizaram, entre outros, o telescópio VLT do ESO, no Observatório do Paranal, no Chile.
( Fonte: http://www.eso.org/public/news/eso1037/ )
NGC 300 é uma galáxia espiral localizada a cerca de seis milhões e quinhentos mil anos-luz (aproximadamente 1,992 megaparsecs) de distância na direção da constelação do Escultor.
Possui aproximadamente noventa e cinco mil anos-luz de diâmetro, uma magnitude aparente de 8,1, uma declinação de -37º 41' 00" e uma ascensão reta de 00 horas, 54 minutos e 53,4 segundos.
A procura por planetas distantes começou em 1995. Já foram encontrados 461 (15 pela Corot). Outras missões, como a Kepler, da Nasa, também fazem buscas. Para Sylvio Ferraz Mello, astrônomo da USP, isso não significa que os novos resultados estejam só acrescentando mais nomes à lista. "É incrível, mas não há dois iguais. Encontramos densidades e tamanhos completamente estranhos."
Em um dos descobertos agora, por exemplo, a temperatura sobe de 250C para 600C em apenas 13 dias. Isso é quanto dura um ano no lugar: o planeta está muito perto da estrela que orbita. O grande objetivo, porem, é achar mais planetas parecidos com a Terra. Eles precisam ser menores e ter crosta rochosa.
Em 2009, a Corot achou um, o Corot 7b. Mas é difícil encontra-los. A Corot consegue fazer isso observando a diminuição da luminosidade que eles causam nas estrelas que orbitam ao passar na frente delas. Quando menor e mais leve, então, mais difícil a detecção.
O Corot 7b levou 70 noites de observação no Chile para que os cientistas soubessem sua massa, diz Eduardo Janot, da USP. é difícil também ver planetas que não estão muito próximos da estrela. O Corot 7 tinha um ano de 20 horas - estava "grudado" na estrela. ( Fonte: Ricardo Mioto/Folha de SP )
- A maior camera digital do mundo não vai fotografar festas de família nem ensaios de moda em revistas femininas. Nomeada Pan-Starrs 1(PS1), ela foi instalada em um telescópio com espelho de 1,8 metro na montanha de Haleakala, no Havaí com um objetivo muito definido: detectar e determinar as orbitas de asteróides e cometas que possam colidir com a Terra, ameaçando a vida em todo planeta.
Como não emitem luz própria, estes objetos são difíceis de serem vistos e a câmera, com 1,4 mil megapixels, para se ter uma idéia, as câmeras digitais comuns tem entre 5 e 15 megapixels, poderá "vê-los" mesmo que tenham um brilho 10 milhões de vezes menor do que é possível observar a olho nu.
Primeira de uma serie de quatro equipamentos previstos para entrar em operação nos próximos anos, a PS1 acaba de receber sinal verde após vários testes. Agora, ela começará a fazer aproximadamente 500 imagens do céu por noite, cobrindo uma área também gigantesca em termos de observação, equivalente a cerca de 40 vezes o diâmetro aparente da Lua.
Toda informação captada pela PS1(que daria para encher cerca de mil DVDs por noite) vai ser transmitida para o Centro de Computação de Alto Rendimento da cidade havaiana de Maui, onde será analisada por um programa de computador especialmente projetado. A comparação de cada imagem com outras feitas na mesma noite ou em noites anteriores da mesma área do céu permitirá encontrar rapidamente objetos celestes que se moveram ou cujo brilho variou, um forte indicativo de que se tratam de asteróides ou cometas.
Ainda quede tamanho modesto, este telescópio tem tecnologia de ponta e pode fotografar uma área do céu equivalente a cerca de 40 vezes o diâmetro da Lua cheia, o que é muito mais do que qualquer outro telescópio deste tamanho em operação na terra ou no espaço - destaca Nick Kaiser, líder do projeto. O programa, integrado por especialistas de uma dezena de instituições de EUA, Alemanha, Reino Unido e Taiwan é liderado pelo Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí.
Os cientistas calculam que, nos próximos três anos, este pequeno e moderno observatório descobrirá 100 mil asteróides e cometas e determinará o risco de colisão com a Terra de cada um deles. Mas a analise dos dados da Pan-Starrs não se limitará à procura de perigosos pedregulhos do espaço. Alem disso, deverão ser catalogadas aproximadamente 500 milhões de galáxias e montado um enorme mapa digital cobrindo 75% do céu visível desde o Havaí. Para fazer esse trabalho, a câmera está recheada com a mais moderna tecnologia em captação de imagens. No plano focal da Pan-Starrs fica um conjunto de 64x64 dispositivos CCD, cada um de 600x600 pixels, formando uma área de 40 centímetros quadrados, contra apenas alguns milímetros de uma câmera comum. E, graças a uma tecnologia denominada "transferencia ortogonal de CCD", ela poderá compensar diretamente neste foco as flutuações da atmosfera, obtendo por via eletrônica um efeito similar ao da ótica adaptiva dos telescópios modernos, nos quais os espelhos são movidos para fazer a compensação das distorções causadas pelo movimento da atmosfera nas observações.
A curto prazo, risco de colisão é remoto Quando os quatro observatórios do projeto estiverem em operação, será possível combina-los para obter imagens de ainda mais alta resolução, o que possibilitará a detecção de objetos de tamanho menor, feitos de material mais escuro, e por isso menos reflexivo, ou que ainda se encontrem a distancias maiores da órbita terrestre.
O projeto Pan-Starrs (acrônimo em inglês para "telescópio panorâmico de levantamento e sistema de resposta rápida") é o maior em curso dedicado ao monitoramento de objetos do sistema solar próximos à Terra. Embora seja considerada remota a possibilidade do choque de um asteróide de grandes proporções com o planeta num futuro próximo, a colisão não é impossível, como já demonstra a própria historia da vida na Terra. Atualmente, é praticamente um consenso entre os cientistas a teoria de que foi o impacto de uma gigantesca pedra espacial que levou à extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos. ( Fonte: O Globo )Ed: CE
O telescópio já está em operação.
Gostei da iniciativa, cada vez mais a preocupação com a colisão com um asteróide aumenta, eu também me preocuparia já que também acredito que já que aconteceu com os dinossauros, pode acontecer conosco também. Torço para o sucesso do projeto, mas se agora podemos ter um vislumbre maior das possibilidades de uma nova colisão colossal acontecer, ainda estaremos de mãos atadas e não poderemos fazer nada. Nós pessoas comuns provavelmente nem saberemos até o choque acontecer, mas espero que assim que esse e outros projetos desse tipo tiverem sucesso, sejam desenvolvidos projetos que visem evitar ou mitigar os efeitos de uma eventual catástrofe.
Em menos de uma década após seu lançamento, o telescópio espacial Hubble já havia revolucionado nosso conhecimento do Universo. Do tamanho de um microônibus, ele está girando em torno da Terra a 575 quilômetros de altitude, há exatamente 20 anos - pois entrou em orbita no dia 25 de abril de 1990. Seu nome foi dado em homenagem ao astrônomo norte-americano Edwin Hubble, que descobriu outras galáxias alem da Via Láctea em 1924. A cada 97 minutos, ele completa uma volta em torno da Terra. Fruto das mais avançadas tecnologias digitais, ele permitiu até hoje a observação de mais de 30 mil corpos celestes e forneceu mais de 500 mil imagens e fotos digitais do Universo. De 1990 a 2009, a Nasa enviou cinco missões tripuladas dos ônibus espaciais ao Hubble, para executar as tarefas de manutenção, atualização e reparos, o que permitiu o rejuvenescimento tecnológico do telescópio, com a substituição de suas lentes, a instalação de câmeras fotográficas, computador de bordo ultra-avancado e sistemas de armazenamento eletrônico.
O telescópio só deverá se aposentar em 2013. Até lá, o Hubble continuará enviando diariamente algumas centenas de fotos de alta resolução do Sistema Solar ou de galáxias mais distantes do espaço cósmico, captando imagens insuperáveis com as lentes de sua super câmera digital.
Balanço:
Ao longo dos anos 90, o Hubble tornou-se a grande porta de acesso da ciência ao Universo, seja registrando o nascimento e a morte de estrelas, seja proporcionando uma visão profunda de um conjunto de pelo menos 1,5 mil galáxias, em vários estágios de evolução. Apenas no primeiro ano de suas atividades, o telescópio forneceu mais informações sobre o Sistema Solar do que tudo que se sabia até o dia de seu lançamento, em 1990. E daqui para frente a contribuição do Hubble será ainda maior.
Segundo comprovou o telescópio espacial, todas as galáxias tem um buraco negro no centro. Decorre daí uma questão semelhante ao paradoxo do ovo e da galinha, sintetizado na pergunta: "Quem veio primeiro: o buraco negro ou a galáxia?" Um buraco negro devora gigantescas quantidades de matéria. A força gravitacional que gera é tão grande que nada escapa à sua atração. Até a luz que passa nas suas vizinhanças é capturada e engolida. Até há poucas décadas, a existência dos buracos negros era mera conjectura. Hoje está confirmada cientificamente.
Ao longo de seus 20 anos, o telescópio espacial Hubble foi totalmente renovado por cinco missões de atualização e reparos, por especialistas da Nasa, enviados ao espaço a bordo dos ônibus espaciais. As primeiras quatro missões foram realizadas em 1993, 1997, 1999 e 2002. Na quarta missão de reparos e atualização, uma equipe de astronautas do ônibus espacial Columbia instalou novos painéis solares, unidades de controle de energia e uma câmera digital avançada. Os astronautas da Nasa James Newman e Michael Massimino trabalharam em pleno espaço para instalar a nova câmera destinada à exploração do universo.
A Supercâmera Conhecida pelo nome de Advanced Camera for Survey (ACS) - e projetada para fornecer novas indicações sobre a origem, evolução e o destino do universo -, essa supercâmera fotográfica custou a soma impressionante de US$ 76 milhões. Ela tem o tamanho de uma geladeira domestica, pesa 383 quilos e utiliza três canais espectrais especializados de visão. é dez vezes mais poderosa que sua antecessora e sua maior vantagem pratica é focalizar com muito maior nitidez objetos distantes do universo. Segundo o astrônomo Holland Ford, da Universidade John Hopkins, que chefiou a equipe que construiu os novos instrumentos, com a nova câmera ACS, o Hubble detectou mais estrelas e galáxias nos seus primeiros 18 meses de funcionamento do que tudo que havia descoberto até aqui. Em sua opinião, quanto mais informações cientificas acumular, melhor para os pesquisadores: "Estrelas e galáxias no arquivo de dados são para os astrônomos como dinheiro no banco" - diz o astronomo Holland Ford, da Universidade John Hopkins, chefe da equipe que construiu os novos equipamentos.
James Web
O telescópio espacial que vai suceder ao Hubble será um telescópio ultravioleta que deverá girar a uma distancia de 1,5 milhão de quilômetros da Terra e permitirá observações astronômicas sem interferências da atmosfera. O equipamento deverá ser o sucessor do Hubble a partir de 2013. Batizado de James Webb, o sucessor do Hubble terá como principal objetivo buscar as primeiras galáxias e objetos luminosos formados depois do Big Bang e determinar como as galáxias evoluíram de sua formação até agora. A Agencia Espacial Européia (ESA) terá uma participação de 15% no projeto, o mesmo percentual que tinha no Hubble. O custo do equipamento foi estimado em US$ 3,5 bilhões. O telescópio será colocado em orbita pelo foguete europeu Arianne-5 ECA, com capacidade para transportar mais de dez toneladas de carga.
O James Webb terá uma lente primaria de 6,5 metros de diâmetro, contra os 2,4 metros do Hubble. O nome do novo telescópio foi escolhido em homenagem a James Edwin Webb, que foi administrador da Nasa entre 1961 e 1968, e responsável pelo programa Apollo que levaria o homem à Lua em 1969.
( Fonte: Ethevaldo Siqueira, O Estado de SP )
Pesquisadores da colaboracao Fermi LAT, uma equipe
internacional que trabalha com os dados desse telescopio espacial de
raios gama, tem detectado pela primeira vez sem ambiguidades um estalido
de raios gama de alta energia num micro quasar.
internacional que trabalha com os dados desse telescopio espacial de
raios gama, tem detectado pela primeira vez sem ambiguidades um estalido
de raios gama de alta energia num micro quasar.
Trata-se do sistem
binario Cygnus X-3 (terceira fonte de raios X descoberta na constelacao
de Cygnus, o Cisne, segundo publicado esta semana na revista Science. Um
micro quasar e' um sistema binario no qual uma estrela normal comeca a
emitir material sobre outra estrela de neutrons ou um buraco negro,
gerando radiacao e jatos de material que se movimentam com velocidades
relativistas. Os cientistas tem conseguido relacionar os raios gama com
as emissoes de radio procedentes dos jatos de Cygnus X-3
O maior experimento cientifico do mundo esta' de volta.binario Cygnus X-3 (terceira fonte de raios X descoberta na constelacao
de Cygnus, o Cisne, segundo publicado esta semana na revista Science. Um
micro quasar e' um sistema binario no qual uma estrela normal comeca a
emitir material sobre outra estrela de neutrons ou um buraco negro,
gerando radiacao e jatos de material que se movimentam com velocidades
relativistas. Os cientistas tem conseguido relacionar os raios gama com
as emissoes de radio procedentes dos jatos de Cygnus X-3
Apos uma pausa forcada de mais de um ano, o LHC (Large Hadron Collider,
ou "grande colisor de hadrons"), maior acelerador de particulas do
mundo, foi religado. Na noite de sexta-feira (20/11), os cientistas
envolvidos no projeto injetaram feixes de protons nos dois sentidos do
tunel circular de 27 quilometros do Centro Europeu de Pesquisas
Nucleares (Cern), instalado proximo a Genebra, na fronteira entre Franca
e Suica. "Foi um momento muito emocionante que estavamos aguardando com
grande expectativa", disse Marco Aurelio Lisboa Leite, do Instituto de
Fisica da Universidade de Sao Paulo, 'a Agencia FAPESP. O cientista e'
responsavel pela colaboracao dos pesquisadores da USP no Atlas (A
Toroidal LHC Apparatus), um dos principais experimentos do LHC. Os
feixes de particulas deram duas voltas no tunel em eventos chamados de
"beam splash". No teste, os feixes foram lancados contra um "colimador",
resultando em um grande numero de particulas secundarias capazes de
serem detectadas. "E' muito bom ver particulas novamente circulando pelo
LHC. Ainda temos muito a fazer antes que a fisica possa comecar, mas
essa conquista mostra que estamos no caminho certo", disse Rolf Heuer,
diretor-geral do Cern. Os cientistas esperam ja' para os proximos dias a
primeira colisao entre particulas, que e' justamente o proposito do LHC.
Ou seja, lancar feixes de particulas em sentidos opostos em velocidade
proxima 'a da luz para que se choquem. O resultado, alem de liberar uma
enorme quantidade de energia, resultara' na producao de grande
quantidade de dados que poderao ajudar o homem a compreender a estrutura
fundamental da materia. Apos quase duas decadas de planejamento, o LHC
foi ligado pela primeira vez em 10 de setembro de 2008, mas um grave
problema em uma conexao eletrica levou a uma ruptura nove dias depois,
em acidente que resultou na pausa de 14 meses. "O LHC e' uma maquina
muito melhor compreendida hoje do que ha' um ano. Aprendemos a partir de
nossa experiencia e do desenvolvimento da tecnologia que permite que
continuemos a caminhar. E' assim que o progresso e' feito", disse Steve
Myers, diretor de aceleradores do Cern.
ou "grande colisor de hadrons"), maior acelerador de particulas do
mundo, foi religado. Na noite de sexta-feira (20/11), os cientistas
envolvidos no projeto injetaram feixes de protons nos dois sentidos do
tunel circular de 27 quilometros do Centro Europeu de Pesquisas
Nucleares (Cern), instalado proximo a Genebra, na fronteira entre Franca
e Suica. "Foi um momento muito emocionante que estavamos aguardando com
grande expectativa", disse Marco Aurelio Lisboa Leite, do Instituto de
Fisica da Universidade de Sao Paulo, 'a Agencia FAPESP. O cientista e'
responsavel pela colaboracao dos pesquisadores da USP no Atlas (A
Toroidal LHC Apparatus), um dos principais experimentos do LHC. Os
feixes de particulas deram duas voltas no tunel em eventos chamados de
"beam splash". No teste, os feixes foram lancados contra um "colimador",
resultando em um grande numero de particulas secundarias capazes de
serem detectadas. "E' muito bom ver particulas novamente circulando pelo
LHC. Ainda temos muito a fazer antes que a fisica possa comecar, mas
essa conquista mostra que estamos no caminho certo", disse Rolf Heuer,
diretor-geral do Cern. Os cientistas esperam ja' para os proximos dias a
primeira colisao entre particulas, que e' justamente o proposito do LHC.
Ou seja, lancar feixes de particulas em sentidos opostos em velocidade
proxima 'a da luz para que se choquem. O resultado, alem de liberar uma
enorme quantidade de energia, resultara' na producao de grande
quantidade de dados que poderao ajudar o homem a compreender a estrutura
fundamental da materia. Apos quase duas decadas de planejamento, o LHC
foi ligado pela primeira vez em 10 de setembro de 2008, mas um grave
problema em uma conexao eletrica levou a uma ruptura nove dias depois,
em acidente que resultou na pausa de 14 meses. "O LHC e' uma maquina
muito melhor compreendida hoje do que ha' um ano. Aprendemos a partir de
nossa experiencia e do desenvolvimento da tecnologia que permite que
continuemos a caminhar. E' assim que o progresso e' feito", disse Steve
Myers, diretor de aceleradores do Cern.
A luz de uma estrela que explodiu ha' 13 bilhoes de anos
chegou 'a Terra, estabelecendo um novo recorde do objeto astronomico
mais distante ja' observado.
chegou 'a Terra, estabelecendo um novo recorde do objeto astronomico
mais distante ja' observado.
As caracteristicas da explosao, do tipo
conhecido como erupcao de raios gama, mostram que as estrelas massivas
ja' se formavam apenas 630 milhoes de anos depois do Big Bang. A
deteccao da erupcao, denominada GRB 090423, esta' descrita em dois
artigos na edicao desta quinta-feira (29/10) da revista Nature. Duas
equipes independentes de astronomos mediram o redshift – alteracao na
forma como a frequencia das ondas de luz e' observada em funcao da
velocidade relativa entre a fonte emissora e o observador – do objeto em
aproximadamente 8.2. O valor implica que a explosao ocorreu quando o
Universo tinha menos de 5% da sua idade atual. Ate' entao, o mais antigo
registro correspondia a um redshift de 6.96, de um evento 150 milhoes de
anos mais recente do que a GRB 090423. Alem da simples quebra de um
recorde, a idade do objeto agora descoberto abre uma janela em uma era
cosmologica que nao estava acessivel 'a observacao. Ate' entao,
pensava-se que a "idade das trevas" cosmica teria terminado cerca de 800
milhoes a 900 milhoes de anos depois do Big Bang, quando a luz de
estrelas e galaxias ionizou novamente o gas entao neutro que permeava o
Universo. Segundo os autores dos estudos, 'a medida que mais erupcoes de
raios gama dos primordios do Universo sao descobertas, devera' ser
possivel conhecer o progresso dessa reionizacao, que levou ao meio
intergalactico atual. Erupcoes de raios gama sao as mais violentas – e
luminosas – explosoes no Universo. Os cientistas estimam que estejam
associadas com a formacao de buracos negros a partir de estrelas
supermassivas, entre outros eventos cosmicos extremamente violentos. Os
artigos podem ser lidos por assinantes da Nature em www.nature.com (
Fonte: Agencia FAPESP )
Ed: GMM
conhecido como erupcao de raios gama, mostram que as estrelas massivas
ja' se formavam apenas 630 milhoes de anos depois do Big Bang. A
deteccao da erupcao, denominada GRB 090423, esta' descrita em dois
artigos na edicao desta quinta-feira (29/10) da revista Nature. Duas
equipes independentes de astronomos mediram o redshift – alteracao na
forma como a frequencia das ondas de luz e' observada em funcao da
velocidade relativa entre a fonte emissora e o observador – do objeto em
aproximadamente 8.2. O valor implica que a explosao ocorreu quando o
Universo tinha menos de 5% da sua idade atual. Ate' entao, o mais antigo
registro correspondia a um redshift de 6.96, de um evento 150 milhoes de
anos mais recente do que a GRB 090423. Alem da simples quebra de um
recorde, a idade do objeto agora descoberto abre uma janela em uma era
cosmologica que nao estava acessivel 'a observacao. Ate' entao,
pensava-se que a "idade das trevas" cosmica teria terminado cerca de 800
milhoes a 900 milhoes de anos depois do Big Bang, quando a luz de
estrelas e galaxias ionizou novamente o gas entao neutro que permeava o
Universo. Segundo os autores dos estudos, 'a medida que mais erupcoes de
raios gama dos primordios do Universo sao descobertas, devera' ser
possivel conhecer o progresso dessa reionizacao, que levou ao meio
intergalactico atual. Erupcoes de raios gama sao as mais violentas – e
luminosas – explosoes no Universo. Os cientistas estimam que estejam
associadas com a formacao de buracos negros a partir de estrelas
supermassivas, entre outros eventos cosmicos extremamente violentos. Os
artigos podem ser lidos por assinantes da Nature em www.nature.com (
Fonte: Agencia FAPESP )
Ed: GMM
A sonda Rosetta, da Agencia Espacial Europeia (ESA),
passara' pela Terra no dia 13 de novembro para ganhar energia orbital e
entrar na fase final de sua jornada de dez anos em busca de um cometa
por regioes muito distantes no Sistema Solar.
passara' pela Terra no dia 13 de novembro para ganhar energia orbital e
entrar na fase final de sua jornada de dez anos em busca de um cometa
por regioes muito distantes no Sistema Solar.
Observacoes da Terra e da Lua serao feitas pela sonda para
aproveitar sua terceira passagem pela
regiao. Quanto se aproximar do planeta, a nave, lancada em 2005, tera'
percorrido cerca de 4,5 bilhoes de quilometros. Ela se aproximara' a
13,3 km/s, sobrevoando o Oceano Indico um pouco ao sul da ilha de Java,
na Indonesia. A passagem pela gravidade terrestre fara' com que a
espaconave aumente sua velocidade em 3,6 km/s com relacao ao Sol,
resultando no impulso necessario para que possa atingir seu destino
final, o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, cujo encontro esta' previsto
para maio de 2014. Antes, a sonda devera' passar pelo asteroide 21
Lutetia, em julho de 2010, quando tambem serao feitas imagens para
analise pelos cientistas responsaveis pela missao. No cometa, a Rosetta
devera' liberar seu modulo Philae, que descera' 'a superficie para a
realizacao de estudos. Em seguida, a sonda continuara' acompanhando o
cometa em seu percurso pelo Sistema Solar, de modo a estuda-lo por um
periodo de dois anos. Na passagem do dia 13, a sonda sera' usada para a
obtencao de dados do sistema Terra-Lua. Diversos instrumentos que se
encontram em estado de hibernacao serao ativados para as observacoes. No
dia anterior, o comando da missao realizara' uma manobra de correcao de
trajetoria. Os resultados da manobra serao analisados para verificar se
novas manobras serao necessarias ate' o encontro com o cometa. Mais
informacoes: www.esa.int/esaMI/Rosetta/index.html ( Fonte: Agencia
FAPESP )
Ed: GMM
regiao. Quanto se aproximar do planeta, a nave, lancada em 2005, tera'
percorrido cerca de 4,5 bilhoes de quilometros. Ela se aproximara' a
13,3 km/s, sobrevoando o Oceano Indico um pouco ao sul da ilha de Java,
na Indonesia. A passagem pela gravidade terrestre fara' com que a
espaconave aumente sua velocidade em 3,6 km/s com relacao ao Sol,
resultando no impulso necessario para que possa atingir seu destino
final, o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, cujo encontro esta' previsto
para maio de 2014. Antes, a sonda devera' passar pelo asteroide 21
Lutetia, em julho de 2010, quando tambem serao feitas imagens para
analise pelos cientistas responsaveis pela missao. No cometa, a Rosetta
devera' liberar seu modulo Philae, que descera' 'a superficie para a
realizacao de estudos. Em seguida, a sonda continuara' acompanhando o
cometa em seu percurso pelo Sistema Solar, de modo a estuda-lo por um
periodo de dois anos. Na passagem do dia 13, a sonda sera' usada para a
obtencao de dados do sistema Terra-Lua. Diversos instrumentos que se
encontram em estado de hibernacao serao ativados para as observacoes. No
dia anterior, o comando da missao realizara' uma manobra de correcao de
trajetoria. Os resultados da manobra serao analisados para verificar se
novas manobras serao necessarias ate' o encontro com o cometa. Mais
informacoes: www.esa.int/esaMI/Rosetta/index.html ( Fonte: Agencia
FAPESP )
Ed: GMM
Ha' 40 anos o homem chegou 'a Lua, mas desde entao a
exploracao espacial nao levou um unico astronauta alem do satelite
terrestre.
exploracao espacial nao levou um unico astronauta alem do satelite
terrestre.
O destino seguinte e' o mesmo que ha' muito tempo ocupa o
imaginario humano: Marte, o vizinho vermelho. Com o projeto de retomada
dos voos tripulados para distancias maiores do que a Estacao Espacial
Internacional - que esta' a menos de 460 quilometros da superficie da
Terra -, ir a Marte passou a ser questao de tempo. Em meados de 2010,
uma tripulacao internacional com seis membros dara' inicio a uma
simulacao de uma viagem a Marte. Serao, no total, 520 dias. Suficientes
para incluir o percurso de ida e volta e um mes de exploracao na
superficie do planeta cuja distancia da Terra varia entre cerca de 55
milhoes e 400 milhoes de quilometros, dependendo das posicoes dos dois
em suas orbitas. O objetivo e' que o grupo permaneca esse tempo em uma
instalacao em local proximo a Moscou, na Russia, de modo a investigar
aspectos fisicos e psicologicos envolvidos em uma missao de longa
duracao ao espaco. A Agencia Espacial Europeia (ESA) busca cidadaos
europeus que queiram fazer parte do projeto. A missao e' parte do
programa Marte500, conduzido pela ESA e pelo Instituto de Problemas
Biomedicos da Russia, e da' sequencia a outra que durou 105 dias,
realizada no mesmo local e terminada em julho. Apos a "viagem" de ida,
com duracao de 250 dias, a tripulacao iniciara' a fase de exploracao da
superficie marciana. Nesse periodo, metade dos integrantes deixara' a
"nave" e passara' para um modulo que simulara' as condicoes encontradas
no planeta, como uma pressao superficial de menos de 1% da terrestre e
atmosfera com 95% de dioxido de carbono. Os candidatos devem ter entre
20 e 50 anos, boa saude, menos de 1,85 metro de altura e fluencia em
ingles ou russo. Devem ter formacao e experiencia profissional em
medicina, biologia ou engenharia de sistemas, de computacao, eletronica
ou mecanica. O periodo de inscricao termina em 5 de novembro. A chamada
por ser acessada em www.esa.int/callmars500 ( Fonte: Agencia FAPESP )
Ed: CE
O planeta foi batizado de CoRoT-7b e foi classificado como exoplaneta do tipo "super-Terra". Da-se o nome de exoplaneta a todos os planetas encontrados fora do nosso sistema solar.imaginario humano: Marte, o vizinho vermelho. Com o projeto de retomada
dos voos tripulados para distancias maiores do que a Estacao Espacial
Internacional - que esta' a menos de 460 quilometros da superficie da
Terra -, ir a Marte passou a ser questao de tempo. Em meados de 2010,
uma tripulacao internacional com seis membros dara' inicio a uma
simulacao de uma viagem a Marte. Serao, no total, 520 dias. Suficientes
para incluir o percurso de ida e volta e um mes de exploracao na
superficie do planeta cuja distancia da Terra varia entre cerca de 55
milhoes e 400 milhoes de quilometros, dependendo das posicoes dos dois
em suas orbitas. O objetivo e' que o grupo permaneca esse tempo em uma
instalacao em local proximo a Moscou, na Russia, de modo a investigar
aspectos fisicos e psicologicos envolvidos em uma missao de longa
duracao ao espaco. A Agencia Espacial Europeia (ESA) busca cidadaos
europeus que queiram fazer parte do projeto. A missao e' parte do
programa Marte500, conduzido pela ESA e pelo Instituto de Problemas
Biomedicos da Russia, e da' sequencia a outra que durou 105 dias,
realizada no mesmo local e terminada em julho. Apos a "viagem" de ida,
com duracao de 250 dias, a tripulacao iniciara' a fase de exploracao da
superficie marciana. Nesse periodo, metade dos integrantes deixara' a
"nave" e passara' para um modulo que simulara' as condicoes encontradas
no planeta, como uma pressao superficial de menos de 1% da terrestre e
atmosfera com 95% de dioxido de carbono. Os candidatos devem ter entre
20 e 50 anos, boa saude, menos de 1,85 metro de altura e fluencia em
ingles ou russo. Devem ter formacao e experiencia profissional em
medicina, biologia ou engenharia de sistemas, de computacao, eletronica
ou mecanica. O periodo de inscricao termina em 5 de novembro. A chamada
por ser acessada em www.esa.int/callmars500 ( Fonte: Agencia FAPESP )
Ed: CE
CoRoT-7b tem densidade similar a da Terra, por isso estima-se que é de formação rochosa. A conclusão foi obtida com base em cálculos que indicam massa cinco vezes superior e um raio 80% maior que o da Terra. Mas devido a proximidade de sua estrela é muito quente e provavelmente deve ser inabitado.
A descoberta do planeta foi anunciada em fevereiro desse ano pela agência espacial européia após um ano de medições para comprovar sua descoberta.
Eu estava pronto para fazer uma pesquisa mais extensa sobre esse assunto, mas desisti após achar o link abaixo, a matéria deles é bem completa.
Clique aqui para acessar e comente! http://eternosaprendizes.com/2009/09/16/cientistas-provam-que-corot-7b-e-o-primeiro-planeta-rochoso-como-a-terra-ja-encontrado/
Em 2 de julho de 2009, à noite, os detectores do Instrumento de Alta Freqüência do satélite Planck alcançaram a sua extraordinariamente baixa temperatura de funcionamento: - 273,05ºC, tornando o satélite no objeto, conhecido, mais frio do Espaço.
O satélite também acaba de atingir a sua orbita definitiva, ao redor do segundo ponto de Lagrange do Sistema Solar, conhecido como L2. O satélite Planck está equipado com um sistema de refrigeração passivo que reduz a sua temperatura até -230ºC emitindo calor para o espaço. Três refrigeradores ativos conseguem a partir daí reduzir ainda mais a temperatura até -273,05ºC, apenas 0,1ºC acima do zero absoluto - teoricamente, a temperatura mais baixa possível no Universo.
Estas temperaturas tão baixas são necessárias para que os detectores do Planck possam estudar a Radiação Cósmica de Fundo, a primeira luz emitida pelo Universo, apenas 380 mil anos após o Big Bang, medindo a sua temperatura em todo o céu. Os detectores irão procurar variações na temperatura da radiação que são cerca de um milhão de vezes menor que um grau - o que é comparável a detectar da Terra o calor gerado por um coelho sentado na Lua. Este é o motivo pelo qual os detectores devem permanecer em temperaturas próximas do zero absoluto (-273,15ºC, ou zero grau Kelvin).
A partir das 11:15 TUC de 2 de Julho de 2009, a Equipe de Controle da Missao Planck realizou uma manobra de inserção em orbita, projetada para posicionar o satélite na sua orbita definitiva, ao redor do ponto L2. A manobra foi projetada para mudar a velocidade do satélite em 211,6 Km/hora, finalizando com uma velocidade de 1010 Km/hora, relativa ao solo. Seguindo a Terra e o ponto virtual L2, Planck estará orbitando em torno do Sol a uma velocidade de 106254 Km/hora (29,5 Km/segundo). No inicio da manobra, o Planck estava localizado a 1,43 milhões de quilômetros da Terra.
Todas as atividades planejadas decorrem segundo o programa e esta fase da missão está praticamente acabada. Durante algumas semanas foi realizado um ajuste fino no funcionamento dos instrumentos para aprimorar o seu serviço. O Planck começou a mapear o céu em meados de Agosto. ( Fonte: Agência Espacial Européia http://www.esa.int/esaCP/SEM0Y5S7NWF_index_0.html )
As primeiras imagens fornecidas pelo Grande Telescópio de Canárias (GTC), o maior do mundo até agora, e o seu instrumento OSIRIS são, alem de cientificas, poéticas.
Uma galáxia em redemoinho, uma nebulosa esquimó, um enxame de galáxias conhecido como Corona Borealis, uma fabrica de supernovas, o agrupamento de galáxias Os olhos de Markarian… Não há duvida: a Astronomia teria de se escrever em versos. Quando os astrônomos observam pelas noites deveriam pendurar na porta o mesmo cartaz que colocava o poeta Saint-Pol-Roux quando ia dormir: "o poeta trabalha". ( Fonte: http://www.gtcdigital.net/noticias.php?id=110 )
Ed: JG
Ed: JG
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