Oceanografia
História
A primeira vez em que se utilizou a palavra oceanografia foi no ano de 1584, na língua francesa, océanographie, mas por pouco tempo. Muito depois, no ano 1880 retorna ao alemão na forma Oceanographie. Nessa mesma época surgem ao mesmo tempo em outras línguas: oceanography, em inglês; oceanografía, em espanhol. Na língua portuguesa, a palavra oceanografia aparece no final do século XIX.
A formação desta palavra foi baseada no vocábulo geografia. Sobre o modelo da palavra geologia se encontra oceanologia, registrada pela primeira vez na língua inglesa -oceanology - em 1864. Há alguns que defendem a definição mais completa de oceanologia,por significar o estudo dos oceanos ou ciência dos oceanos mas a forma que ganhou mais popularidade foi oceanografia, que significa descrição dos oceanos.
O começo da oceanografia como uma ciência propriamente dita se dá em 1872, quando C. W. Thomson e John Murray (oceanógrafo) fizeram a expedição Challenger (1872-76). Foi por volta desta época que várias nações concluíram que se devia investir no estudo dos oceanos (vendo o oceano como rota comercial). Várias nações enviaram expedições (assim como alguns indivíduos e instituições privadas), e institutos dedicados ao estudo da oceanografia foram criados2 .
Oceanografia física
A oceanografia física é o ramo da oceanografia que estuda os processos físicos nos oceanos e suas relações, não só com a atmosfera, mas também com a litosfera. A oceanografia física ocupa-se das características das massas de água e pesquisa fenômenos como: correntes marinhas, marés, ondas, vórtices e outros3 .
A oceanografia física usa conhecimentos da mecânica dos fluidos, assim como um vasto repertório de sistemas de observação in situ, como bóias oceanográficas e CTD's e através de sensoriamento remoto. A oceanografia física recorre a modelos hidrodinâmicos para prever muitos desses processos.
Um fenômeno bastante interessante é a ressurgência, ou afloramento (mais conhecida pela palavra inglesa "upwelling"), pela sua importância para a vida dos organismosmarinhos. A ressurgência consiste na subida de águas profundas, frias e ricas em nutrientes, para a superfície do oceano.
A oceanografia física, juntamente com a meteorologia, fornece muitas informações sobre o funcionamento da dinâmica climática mundial, buscando compreender fenômenos como a Oscilação Sul do El Niño (OSEN, ou ENSO, em inglês - El Niño Southern Oscillation) e o Efeito Estufa.
Oceanografia química
A oceanografia química é um ramo da oceanografia que estuda a química dos oceanos como um todo, visando assuntos como a composição química, concentração de compostos na água e a geoquímica dos oceanos.
A oceanografia química é fundamental para o entendimento da poluição dos oceanos. Com as suas ferramentas de análise é possível caracterizar o comportamento de metais pesados, óleos e graxas e matéria orgânica, tanto na coluna d'água, quanto nos sedimentos.
A química também se encontra presente nos estudos que procuram caracterizar os processos de bio-magnificação e bio-acumulação, ou seja, a forma como um elemento químico é trasmitido através da cadeia alimentar.
Oceanografia biológica
A oceanografia biológica estuda a biota e a ecologia dos oceanos, buscando compreender os mecanismos biológicos que funcionam nos oceanos. A oceanografia biológica difere da biologia marinha por estudar os organismos marinhos com um enfoque mais ecológico, relacionado com a física, a química e a geologia do oceano.
Na oceanografia biológica se dividem os organismos marinhos em três categorias: plâncton, nécton e bentos. O plâncton é formado pelos organismos que vivem na coluna de água sem conseguirem nadar contra as correntes marinhas. O nécton é constituído pelos organismos que tem boa capacidade natatória, não dependendo de correntes para se deslocarem. O bentos é formado pelos organismos que vivem no substrato, fixados ou não.
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